Impe afirma que queimadas em São Paulo aumentaram
Segundo dados do Inpe, de 1º de janeiro a 25 de julho, o estado de São Paulo registrou o maior número de queimadas dos últimos 14 anos.
Até as 16h de quinta-feira, 25, , foram 1.649focos de incêndio detectados por satélite no estado desde o primeiro dia do ano. Isso é mais do que o dobro dos 705 observados no mesmo período de 2023. Os registros de 2024 só não ultrapassaram os de 2010, quando foram 2.118 ocorrências.
Neste ano, as cidades que aparecem no topo do ranking de queimadas são: Jaú (26), Itapeva (24), Campinas (21), Mogi Mirim (17) e Piracicaba (17). A área atingida até o momento em 2024 representa 60% de Mata Atlântica.
De 1º de janeiro a 25 de julho do ano passado, as cinco cidades com mais incêndios foram: Itapeva (18), Tejupá (16), Paranapanema (14), Ubirajara (11) e Botucatu (10). Apareceram empatadas com 10 focos de incêndio Itaberá, Martinópolis e Morro Agudo. Do total de queimadas de 2023, 52% das ocorrências foram na Mata Atlântica e 48%, no Cerrado.
O Corpo de Bombeiros de São Paulo atuou em 26.012 ocorrências de combate a queimadas no estado de 1º de janeiro a 25 de julho, mais do que o dobro de casos registrados no mesmo período do ano passado, quando foram 11.960.
No entanto, o número de focos de incêndio é maior. Os registros não contabilizam casos em que as brigadas municipais e empresas realizam o combate e não chegam a acionar a corporação.
Os dias de maiores incidências são domingo e sábado, respectivamente. Segundo as estatísticas dos bombeiros, os piores horários vão das 12h às 20h.
Aridez
Todas as cidades de São Paulo estão classificadas como seca fraca, moderada, extrema ou severa, segundo o Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).
Na terça (23), a cidade de São Paulo registrou a tarde mais seca em quase três anos, com 13% de umidade relativa do ar por volta das 13h, segundo a Climatempo e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O último registro parecido havia sido em 23 de novembro de 2021.
Também na terça, a capital paulista foi a mais seca do país, à frente de Cuiabá (15%), Campo Grande (18%), Goiânia (21%), Porto Velho (21%), Belo Horizonte (23%) e Brasília (25%). Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), índices abaixo de 60% de umidade relativa do ar são inadequados para a saúde humana.
Na quinta (25), o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da prefeitura de São Paulo informou que a umidade do ar apresentou valores próximos aos 30%.
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