Guerra IsraelXPalestina: Josh Paul deixou o cargo afirmando que o apoio cego a um só lado do conflito só trará um ‘sofrimento mais profundo’ para ambos os lados

Guerra IsraelXPalestina: Josh Paul deixou o cargo afirmando que o apoio cego a um só lado do conflito só trará um ‘sofrimento mais profundo’ para ambos os lados

Um funcionário do Departamento de Estados dos Estados Unidos pediu demissão como forma de protesto após o país declarar total apoio e enviar suprimentos militares para Israel utilizar na guerra declarada contra o Hamas na Faixa de Gaza.

O conflito, iniciado no início deste mês de outubro, ja matou mais de 3.700 pessoas, dessas 1.500 crianças, além de milhares de feridos.

Bombardeios na zona que seria segura

Nesta quinta-feira, 19, novos bombardeios atingiram a cidade de Rafah, fronteira da Faixa de Gaza com o Egito, onde estão os brasileiros e onde civis esperam autorização para deixar a zona de conflito.

Josh Paul, que foi diretor do Gabinete de Assuntos Político-Militares durante 11 anos, alega que a gestão de Biden caiu nos mesmos erros que Washington já comete há décadas, “e eu me recuso a fazer parte disso por mais tempo, não sou ignorante no que diz respeito à situação no Oriente Médio”.

Em visita a Israel na quarta-feira (18), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, foi recebido pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e pelo presidente de Israel, Isaac Herzog.

Lá, Biden sinalizou apoio total e irrestrito à política de guerra do Estado Judeu e reforçou a versão de que o ataque a hospitais em Gaza foi obra da JIHAD ISLAMICA. O estadunidense também tinha uma reunião com a Autoridade Palestina, que acabou cancelada.

Por meio de uma nota oficial publicada em redes sociais , ele conta que quando assumiu seu cargo, “a entidade governamental dos EUA mais responsável pela transferência e fornecimento de armas a parceiros e aliados, sabia que não estava isento de complexidade moral e de compromissos morais, e fiz a mim próprio a promessa de que permaneceria durante o maior tempo possível, contanto que eu sentisse que o mal que eu poderia causar poderia ser superado pelo bem que eu poderia fazer”.

Contra apoio a Israel 

“Nos meus 11 anos, fiz mais compromissos morais do que consigo me lembrar, cada um deles pesadamente, mas cada um com a promessa que fiz a mim mesmo em mente e intacta. Estou saindo hoje porque acredito que, no nosso curso atual em relação ao fornecimento contínuo – na verdade, ampliado e acelerado – de armas letais a Israel – cheguei ao fim desse acordo”, disse o ex-diretor.

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