Fundação Rockefeller se junta à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza Instituição vai contribuir com recursos financeiros e conhecimento para apoiar os países membros na implementação de programas de alimentação escolar
Instituição vai contribuir com recursos financeiros e conhecimento para apoiar os países membros na implementação de programas de alimentação escolar
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A Fundação Rockefeller tornou-se a primeira instituição filantrópica a aderir à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza em evento realizado nesta sexta-feira (04.10) com o presidente da fundação, Rajiv Shah; a embaixadora do Brasil nas agências sediadas em Roma, Carla Barroso Carneiro; e o diretor-geral da Organização para Alimentação e Agricultura, QU Dongyu. A Aliança Global, uma das prioridades da presidência brasileira do G20, visa canalizar recursos para programas eficazes que reduzam a pobreza e a fome – dois Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que ainda estão longe de serem atingidos. Como parte da Aliança, a Fundação Rockefeller buscará contribuir com apoio financeiro e conhecimento aos países membros para expansão dos programas de alimentação escolar.
“Eu fico emocionado porque a fome não é uma coisa natural. A fome é algo que requer decisão política. Nós, líderes, não podemos olhar apenas para quem está próximo de nós. Precisamos ser capazes de tirar um raio-X e olhar para quem está longe, para quem não consegue se aproximar dos palácios, para quem não consegue se aproximar dos ministros”, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em discurso no pré-lançamento da Aliança Global em julho.
“Programas como Bolsa Família, Aquisição de Alimentos e Alimentação Escolar permitem que refeições saudáveis cheguem aos mais vulneráveis, incentivam a produção agrícola e promovem o desenvolvimento local. A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza nasceu dessa vontade política e deste espírito de solidariedade. Será o legado mais importante da presidência brasileira do G20”, completou em seu discurso.
Os programas de alimentação escolar têm um impacto crítico nos resultados educativos e na qualidade de vida das crianças vulneráveis em todo o mundo, especialmente das raparigas. O Programa Alimentar Mundial indica que os programas de alimentação escolar podem aumentar as matrículas numa média de 9%, ao mesmo tempo que diminuem as taxas de abandono e aumentam significativamente a frequência das crianças.
A pesquisa mostra também que os programas de alimentação escolar podem ter efeitos benéficos na agricultura, educação, saúde e nutrição, e na proteção social, com retornos de US$ 9 dólares por cada US$ 1 dólar investido. Sendo a mais extensa rede de segurança social a nível mundial, beneficiando 418 milhões de crianças em 2022, os programas de alimentação escolar alimentam 20% da população, com uma refeição por dia, e podem também ser um poderoso impulsionador da procura de uma agricultura produzida de forma regenerativa e resiliente ao clima.
Apoio
“Todos merecem acesso a alimentos saudáveis e oportunidades econômicas. É por isso que convidamos outras instituições a juntarem-se à Fundação Rockefeller no apoio à Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza”, disse o Dr. Rajiv J. Shah, Presidente da Fundação Rockefeller. “Como parte da Aliança, esperamos ajudar os países a expandir os seus programas de alimentação escolar, o que pode ajudar a melhorar a nutrição de milhões de crianças, ao mesmo tempo que impulsiona a procura por uma agricultura mais regenerativa e cultivada localmente”, disse o presidente da Fundação Rockefeller, Rajiv Shah.
A Fundação Rockefeller busca apoiar uma forma mais saudável de produzir, comprar e consumir a chamada “boa comida”, que seja acessível a todos e boa para o planeta. Desde 2021, se concentra em gerar apoio e criar impulso para a expansão de programas de alimentação escolar resistentes ao clima, juntamente com o Programa Alimentar Mundial, a Coligação de Refeições Escolares e outros parceiros. A instituição apoia os países com o objetivo de melhorar os seus programas de alimentação escolar para alcançar impactos climáticos.
A Representante Permanente do Brasil junto à FAO, FIDA e PMA, embaixadora Carla Barroso Carneiro, em nome do Governo Brasileiro, expressou sua gratidão à Fundação Rockefeller por seu compromisso com a Aliança Global.“A liderança da Fundação Rockefeller no avanço de soluções sustentáveis para populações vulneráveis, especialmente no domínio de refeições escolares nutritivas, fortalece os esforços do Brasil para combater esses desafios globais e para garantir que soluções eficazes, de longo prazo e baseadas em evidências cheguem aos mais necessitados, ” disse Carla Barroso Carneiro, Embaixadora e Representante Permanente do Brasil junto às Agências da ONU com sede em Roma.
Como parte da Aliança Global, a Fundação Rockefeller espera fornecer recursos financeiros, assistência técnica, apoio à capacitação, bem como conhecimento e dados com os países membros que estão a implementar programas de alimentação escolar. Em parceria com outros, a Fundação Rockefeller também trabalhará no sentido de apoiar a implementação de políticas e programas em larga escala e de propriedade do país.
Sobre o tema, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, reiterou convite para que países e instituições façam parte da iniciativa. “A adesão da Fundação Rockefeller será de grande importância para a Aliança Global”, afirmou. “A Aliança é uma proposta da presidência brasileira no G20 para ampliar a adoção de bons programas nacionais, em larga escala, para acabar com a fome e a pobreza no mundo. É aberta a todos os países, todas as organizações que quiserem aderir”, completou.
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação declarou: “A FAO tem o prazer de dar as boas-vindas à Fundação Rockefeller como a primeira entidade filantrópica a se juntar à Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza. O apoio da Fundação Rockefeller para refeições escolares regenerativas e resilientes ao clima por meio da Aliança Global aumentará a implementação deste instrumento de política em escala. Contribui para redução da fome e da desnutrição, ao mesmo tempo em que promove a transformação dos sistemas agroalimentares, construindo resiliência às mudanças climáticas e fortalecendo os pequenos agricultores familiares. A FAO está interessada em trabalhar com o Brasil, a Fundação Rockefeller e todos os outros membros da Aliança para acabar com a pobreza e atingir a Fome Zero.”
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