Fraternidade – Missões Humanitárias (FMHI) promove feira indígena celebrando herança culinária e cultural

Fraternidade – Missões Humanitárias (FMHI) promove feira indígena celebrando herança culinária e cultural

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No próximo dia 14 de dezembro, das 17h às 21h, a Fraternidade – Missões Humanitárias Internacionais (FMHI) realizará a 13ª Feira Intercultural Indígena, com o tema “Herança Culinária”. O evento, organizado pelo Centro Cultural e de Formação Indígena (CCFI) e apoiado pela Operação Acolhida, será uma celebração das tradições e saberes indígenas, incluindo demonstrações ao vivo de pratos típicos, seguidas por degustações. A 13ª edição da Feira Intercultural Indígena será realizada na Av. Cap. Ene Garcês, 927. Praça Velia Coutinho (Ao lado do palco). Boa Vista, Roraima.

 

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A feira destaca a riqueza ancestral dos povos indígenas e oferecerá ao público apresentações culturais como danças tradicionais, música e dramatizações. Além disso, artesanatos como panelas de barro, etnojoias e produtos da medicina tradicional estarão à venda, promovendo a conexão entre o público e os saberes originários.

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Culinária como símbolo de identidade

A culinária, um dos pilares da cultura indígena, terá destaque especial no evento. Pratos como o tumá (ensopado de peixe, especialidade dos Pemons), o kumache (molho de mandioca), o prato Warao Morokoto (ensopado de peixe) acompanhado de Okoma (inhame), beiju, suco de buriti serão preparados no dia.

 

“Ao compartilhar suas receitas e técnicas de preparo, os indígenas não apenas alimentam os participantes, também, promovem a troca de saberes e a valorização de suas tradições. O público tem a oportunidade de conhecer a fundo a cultura indígena, desde os ingredientes utilizados até o significado simbólico de cada prato”, afirma Oliver, servidor humanitário voluntário da Fraternidade – Missões Humanitárias (FMHI).

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A indígena Diolimar Tempo, do povo Kariña, destacou a importância da troca cultural em eventos como a feira: “A culinária é um espelho da história e sabedoria dos nossos povos. Esses encontros permitem que indígenas e brasileiros aprendam uns com os outros e fortaleçam seus laços comunitários”.

Sabores que contam histórias
Cada prato típico indígena traz consigo uma história ancestral que reflete o uso sustentável dos recursos naturais e as conexões simbólicas com a terra. Ingredientes como mandioca, milho, peixes e frutas nativas são a base de muitas receitas, e representam a biodiversidade das regiões que habitam.

As técnicas como o preparo de moquecas em folhas, o uso de panelas de barro e a fermentação natural também expressam práticas transmitidas por gerações e são indissociáveis da relação que os indígenas têm com o meio ambiente. Para muitos povos, plantar, colher e preparar alimentos são rituais que reafirmam o respeito pela terra. Essa conexão influencia diretamente a sazonalidade e a escolha dos ingredientes, preservando a biodiversidade e ensinando práticas sustentáveis.

A contribuição à culinária brasileira
O legado indígena é visível em diversas expressões da culinária brasileira contemporânea, com pratos e ingredientes que fazem parte do dia a dia do brasileiro. Em um contexto de crescente urbanização e perda de territórios, a culinária tem se tornado um importante símbolo de identidade e resiliência para os povos indígenas.

Preservar e valorizar a culinária dos povos indígenas é essencial para proteger sua cultura e promover o respeito à sua história e direitos. Ao degustar um prato indígena, não apenas conhecemos novos sabores, mas também nos aproximamos de uma sabedoria ancestral que merece reconhecimento e celebração.

A entrada é gratuita, e todos estão convidados a vivenciar essa experiência que conecta tradição, sabor e convivência social.
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Serviço:
– Evento: 13ª edição da Feira Intercultural Indígena
– Data: Sábado, 14 de dezembro de 2024
– Local: Av. Cap. Ene Garcês, 927. Praça Velia Coutinho (Ao lado do palco). Boa Vista, Roraima.

 

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