ConexãoIn


Supermercados Dia entra em recuperação judicial

 

Com uma dívida que beira R$ 1 bilhão, segundo o Grupo Dia, a rede de supermercados Dia decidiu entrar com um pedido de recuperação judicial no Brasil. O pedido foi feito ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) e acontece uma semana depois que a companhia anunciou que iria fechar quase 350 lojas no país.

A companhia, que desembarcou no Brasil em 2001, afirmou que o pedido é uma tentativa de superar sua atual situação financeira. “Desde sua chegada ao Brasil, o Grupo Dia realizou grandes investimentos e esforços no país, sem que tenha obtido o retorno esperado, situação que desencadeou, por fim, na decisão do referido processo de Recuperação Judicial como potencial para gerar mais estabilidade do Dia Brasil”, afirmou a rede em nota.

Siga a Forbes no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida

Neste momento, a companhia afirmou que está focando sua operação em São Paulo, local onde o negócio tem uma maior rentabilidade e a concentração de lojas permite capitalizar a rede logística e a redução de custos.

De acordo com o Dia, a medida permitirá que a rede invista mais tempo e dinheiro em suas operações na Espanha e na Argentina, visando o maior crescimento do grupo nestes locais.

Sobre o Grupo Dia

A rede foi criada em 1979 na Espanha e atualmente possui mais de 7.182 lojas em oito países. A bandeira Dia % é usada na Argentina, Brasil, China e Espanha.

Em Portugal, atua com a designação de Minipreço, com um total de 608 lojas em 2019.

A bandeira atua no Brasil desde 2001. Fez parte do grupo Carrefour de 2000 a 2011. Em janeiro de 2012, tornou-se uma rede independente e passou a fazer parte do índice IBEX 35, do mercado de ações da Bolsa de Madri.

Em setembro de 2012, anunciou a compra das lojas da cadeia alemã Schlecker na Península Ibérica, numa operação que superou os 70,5 milhões de euros.

Em maio de 2019, em meio a uma crise financeira e de resultados da empresa, a LetterOne, sociedade controlada pelo investidor russo Mikhail Fridman, se torna proprietária de 69,76% da oferta pública de aquisição da rede de supermercados Dia.

POR: Rita Moraes
Publicado em 21/03/2024