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Mundo Open deve ampliar oportunidades de investimento para a classe C

 

Investimento não é mais um assunto exclusivo de quem tem muito dinheiro para gerenciar. Graças ao Mundo Open, a classe C também está se beneficiando dos produtos financeiros: segundo a Anbima, 36% das pessoas que investem no Brasil pertencem a essa camada da população (no ano passado esse número era de 29%).

A expectativa agora é que o Mundo Open Finance torne ainda mais acessíveis os investimentos para essa parcela da população, já que ele engloba um ambiente onde as barreiras tradicionais são derrubadas, permitindo maior colaboração e compartilhamento de recursos.

“O mercado de capitais será amplamente impactado por essa mentalidade e já notamos um interesse cada vez maior da população com renda mais baixa”, afirma Juan Ferrés, CEO da Teros, empresa especializada em soluções de inteligência de dados, pricing e open source.

De acordo com Ferrés, o Brasil possui 60 milhões de investidores, sendo que 26,1 milhões são de classe C. O número deve crescer muito mais nos próximos anos por conta das excelentes oportunidades proporcionadas pelo universo Open Finance. “Ele permitiu a abertura e compartilhamento de dados financeiros entre instituições financeiras e terceiros, de forma regulada e com o consentimento do cliente. Isso viabiliza a criação de um ecossistema financeiro aberto, interoperável, seguro e regulado pelo Banco Central com grande potencial para inovação”, revela Ferrés.

Embora a regulação ainda não tenha sido publicada, o potencial para os negócios no mercado de capitais dentro do Mundo Open é muito grande. Segundo Ferrés, são produtos que vão desde fundos, debêntures, emissão de títulos, emissões de dívida privada, ações e fundos de todos os tipos até ETFs e Tokenização de Ativos.

“O futuro do mercado de capitais está mudando rapidamente, à medida que a tecnologia e a regulamentação se desenvolvem. O Open Finance está entre as principais tendências que estão moldando o futuro desse mercado”, acredita ele. Ferrés prossegue lembrando que o universo Open permitirá que seja possível o acesso padronizado à informação, além de possibilitar a desintermediação, ou seja, a informação estará disponível automaticamente por meio da ordem diretamente do cliente, em tempo transacional. “Além disso, será possível a portabilidade ágil e o aperfeiçoamento de produtos com melhor segregação de riscos e segurança de investimento regulada pela CVM.

Na prática, os investidores que estão começando poderão acessar um número determinado de papéis com suas informações padronizadas e em tempo real, e ainda conseguirão combinar ativos para isolar riscos.

“A expectativa é que essa parcela da população torne o Mercado de Capitais cada vez mais movimentado e atrativo, o que deve ocorrer nos próximos anos”, diz o executivo.

Entre as ferramentas que o Mundo Open já trouxe, ele menciona a wallet universal (na qual viabilizou-se os pagamentos no curso de qualquer jornada), a formulação de jornadas complexas de modo seguro via tokenização, o autenticador seguro e universal, por meio do acesso a um autenticador universal e barato (com dados cadastrais dos brasileiros, o padrão único de comunicação que tende a ser universal e derrubando o custo de conexão) e a assinatura remota de contrato via e-gov.

Para o futuro, Ferrés acredita que o Mundo Open vai trazer para o Mercado de Capitais um acesso universal às posições de investimentos de pessoas físicas e jurídicas no sistema financeiro e também a possibilidade de ampliar a wallet para aplicações, resgates, transferências e portabilidade de ativos em tempo transacional. Outra novidade será a viabilização de registro de investimentos de balcão.
“O fato de ações serem transacionadas de forma eletrônica em tempo transacional criou uma profundidade de produtos como ETF (Exchange-Traded Fund), Derivativos Futuros, Operações Compromissadas, COEs (Certificado de Operações Estruturadas) etc. No novo ecossistema, esse mesmo potencial passa a surgir nos mercado de dívida, nos processos de concessão de crédito e nos mercados de fundos, viabilizando a diluição de risco, operações de hedge e maior liquidez nos papéis”, diz o CEO da Teros.
Ele exemplifica que será possível integrar o processo de iniciação de transações em empresas que descontam recebíveis em FIDC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios). Com isso, permite-se a confirmação pelo tomador (sacado) de cada transação realizada, incluindo o direcionamento de recursos para qualquer conta em nível transacional.
Será possível ainda o registro de ativos financeiros como colaterais de operações de crédito, e assim as operações de crédito serão mais rápidas e com baixíssimo risco, sem desmobilizar investimentos financeiros de médio e longo prazo. Outro benefício será a agilidade no preenchimento, eficiência e redução de fraudes por conta da atualização de cadastros via Open Gov e Open Finance.
O CEO reforça ainda que será possível integrar os processos de investimentos e de liquidação financeira entre os mercados bancários (conta corrente) e o mercado de capitais. Isso trará redução no custo de backoffice para as corretoras, agentes autônomos e para o mercado em geral. “Existe também a possibilidade de criar derivativos (a vista ou a termo) usando as ferramentas de iniciação e autenticação a partir de ativos com registro em balcão. Como benefício, haverá ampliação de produtos e/ou operações de hedge a partir de carteiras de investimentos já existentes”, conclui ele.

 

Sobre a Teros

A Teros é uma empresa de tecnologia que viabiliza o barramento de gestão de fluxos de dados além das conexões e as integrações do Mundo Open (Open Finance, Open Insurance, Open Investments, entre outros) e produtos e serviços da empresa, seja ela de qualquer setor, por meio de seu middleware Teros Digital Platform, abrindo um mundo de oportunidades de novos produtos, melhorias de jornadas ou tomadas de decisão mais precisas no curso dos negócios como Pricing, cobrança e direcionamento de vendas. Para saber mais, acesse o site.

 

POR: Rita Moraes
Publicado em 26/09/2023