Flipelô promove reflexão sobre a presença indígena no Brasil

Flipelô promove reflexão sobre a presença indígena no Brasil

   
   

 
 A FLIPELÔ abriga a reflexão sobre a presença indígena no Brasil, através de mesa de debate no Teatro Sesc-Senac Pelourinho e do programa Com a Palavra o Escritor, no Museu Eugênio Teixeira Leal.

Confira a programação :  8/8 – Quinta-feira Teatro SESC–SENAc PELOURINHO – 12h Mesa de debateQue países são este?Uma conversa sobre as presenças indígenas na construção da vida brasileiraEliane Potiguara (RJ)João Meirelles (PA)Mediação: Suzane Costa (BA)  

Sobre os debatedores:Eliane Lima dos Santos, conhecida como Eliane Potiguara, é professora, escritora, ativista e empreendedora indígena brasileira. Fundadora da Rede Grumin de Mulheres Indígenas, foi uma das 52 brasileiras indicadas para o projeto internacional “Mil Mulheres para o Prêmio Nobel da Paz“. Foi nomeada uma das “Dez Mulheres do Ano de 1988” pelo Conselho das Mulheres do Brasil, por ter criado a primeira organização de mulheres indígenas no país: o Grumin (Grupo Mulher-Educação Indígena), ter trabalhado pela educação e integração da mulher indígena no processo social, político e econômico no país e por ter participado da elaboração da Constituição brasileira de 1988. É defensora dos Direitos Humanos, tendo sido criadora do primeiro jornal indígena, de boletins conscientizadores e de uma cartilha de alfabetização indígena dentro do método Paulo Freire com o apoio da Unesco. Integra o Comitê Consultivo do Projeto Mulher: 500 anos atrás dos panos, que culminou no Dicionário mulheres do Brasil.A sua mais recente obra é intitulada “Metade Cara, Metade Máscara” e aborda a questão indígena no Brasil. João Carlos de Souza Meirelles Filho é um empreendedor social e escritor paulista, considerado uma referência nos estudos da Amazônia.Desde 1984 se dedica ao movimento ambientalista. Administrador de empresas pela FGV-SP (1981), reside em Belém, Pará, desde 2004. Desde sua fundação em 1998, é diretor geral do Instituto Peabiru, organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP) que tem como missão “facilitar processos de fortalecimento da organização social e da valorização da sociobiodiversidade”.  Foi vice-presidente na Fundação SOS Mata Atlântica (1985-1990), presidente do Instituto de Ecoturismo do Brasil, consultor de empresas (Suzano, Trevisan, Unibanco, entre outros) e participou de diferentes organizações e conselhos. Como escritor, é autor de 18 livros. Foi líder da AVINA de 1999-2012. Recebeu duas vezes o 1o Lugar na Categoria Social, do Prêmio Samuel Benchimol, do Banco da Amazônia, em 2012 e 2013 e a Ordem do Mérito Jus et Labor, no Grau Cavaleiro – Tribunal Regional do Trabalho TRT 8 (2016). 

Museu Eugênio Teixeira Leal – 16h Com a palavra o escritor:

Escritores indígenas – A voz dos povos origináriosJuvenal Payayá (BA)  Márcia Kambeba (PA) Mediação: Suzane Costa (BA)   Sobre os debatedores:Juvenal Teodoro Payayá nasceu em 1945 em uma aldeia na Chapada Diamantina. Seus pais, Cosme Teodoro da Silva e Ana Gonzaga da Silva tiveram como ascendentes indígenas Payayá da Cabeceira do Rio Utinga, na época, município de Morro do Chapéu; em ambiente tribal Juvenal viveu sua primeira infância.  Ainda jovem foi trabalhar em São Paulo, onde começou a escrever contos e poemas. Nos anos 70 ingressou no movimento estudantil e na luta contra a ditadura militar de 1964 . Surpreendeu a todos ao ser aprovado no vestibular da USP, mas o choque cultural foi marcante, então decidiu abandonar a USP sem concluir os estudos de História e regressar definitivamente para a Bahia – “lugar de índio é na aldeia” –, sua aldeya natal.  Como aluno de Economia da UEFS ajuda a fundar o Diretório Acadêmico de Economia Onestino Guimarães tornando-se seu primeiro presidente, depois ainda conclui o curso de Educação na UNEB e se especializa em Administração. No ramo editorial foi um profissional bem sucedido, tornou-se pequeno empresário, ramo que abandonou para dedicar-se a educação, à leitura, escrever textos. Abraçou então a causa Indígena e a luta incansável pela afirmação do povo Indígena Payayá.  Como professor atuou em diversas cidades e escolas em Salvador. Foi  convidado pelo povo Payayá a se tornar Cacique, não só à frente da resistência da cultura do povo Payayá, mas como procurando contribuir na luta da resistência histórica. Em 2010 ajuda a fundar o grande movimento indígena MUPOIBA- Movimento dos Povos e Organizações Indígena da Bahia participando da primeira coordenação. Foi membro do Conselheiro Estadual de Educação da Bahia – CEE-BA e do Conselho Estadual dos Direitos dos Povos Indígenas do Estado da Bahia –COPIBA. 

Produção Literária: Vozes (Designe Editora), 2012 – poemas;O Filho da Ditadura (Designe Editora), 2010;Negócios na Periferia (Ed. Seculo XXI), 2006 – romance;Timor Leste, O gosto da liberdade (Ed. Seculo XXI), 2005;Pêlos Assassinos (Ed. Seculo XXI), 2004 – romance;Os Tupinikim – Versos de Índio (Ed. Seculo XXI), 2001;Ninguém na Caverna de Polifeno (Ed. Seculo XXI), 2001 – romance;A Retomada x Interdito Proibitório – Caminho do Genocídio Indígena (Ed. Seculo XXI), 2004 (em parceria com Edilene Payayá)Participação na coletânea Cadernos de Literatura nº 2, 2004;Fenomenal – História do Primeiro rio (Ed. Seculo XXI), 2003;Participação na coletânea Cadernos de Literatura nº 1, 2003;Participação na coletânea Poetas da Bahia (Ed. Esporgeo), 2003.www.juvenal.teodoro.blog.uol.com.br Márcia Vieira da Silva, conhecida pelo nome artístico de Márcia Wayna Kambeba, é poeta e geógrafa nascida em Belém do Solimões. De etnia Omágua/Kambeba, nasceu numa aldeia ticuna, onde viveu até os oito anos de idade, quando se mudou com a família para São Paulo de Olivença, no Amazonas. Graduou-se em Geografia pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Fez o mestrado na Universidade Federal do Amazonas e pesquisa o território e identidade da sua etnia. Como poeta, adotou o nome indígena Wayna. Sua poesia mostra semelhanças com a literatura de cordel e reflete a violência contra os povos indígenas e os conflitos trazidos pela vida na cidade.  Ela hoje reside no Pará. Identidade dos povos indígenas, territorialidade e a questão da mulher nas aldeias são os principais temas abordados pela poeta. Sua avó era professora e também poeta, o que influenciou Márcia a começar a criar seus versos logo aos 14 anos. Atualmente, a poeta, que se tornou também compositora e cantora, tem investido na carreira artística e se prepara para submeter seus projetos de doutorado em Educação, com foco na educação escolar indígena. 

A FLIPELÔ – A 3ª edição da Festa Literária Internacional do Pelourinho, a FLIPELÔ 2019, conta com o patrocínio do Ministério da Cidadania e Secretaria Especial da Cultura, Instituto CCR, Banco do Nordeste do Brasil, TPC Logística e Bahiagás, por meio da Lei de incentivo à Cultura. O evento tem ainda o apoio da CCR Metrô Bahia e Shopping da Bahia, produção da Sole Produções, realização da Fundação Casa de Jorge Amado e correalização do SESC. A Fundação Casa de Jorge Amado é mantida com apoio do Fundo de Cultura do Estado da Bahia e é considerada um ponto de referência na geografia cultural de Salvador.

para Cco:eu

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