“Fiz de prepósito”, diz enfermeira condenada por assassinato
Uma enfermeira foi condenada nesta sexta-feira, 18, no Reino Unido por matar sete bebês em um hospital de Liverpool. Ela injetava insulina e ar em bebês em um hospital onde trabalhava, em Liverpool, entre 2015 e 2016.
Segundo a condenação do caso, que comoveu o país, a enfermeira Lucy Letby, de 33 anos, aplicou injeções de insulina e ar em bebês que estavam na UTI neonatal e ainda alimentando à força as crianças com leite no hospital Condessa de Chester, em Liverpool, entre 2015 e 2016.
Letby aguardava o julgamento, que durou dez meses, em liberdade e foi presa em sua casa nesta sexta.
A enfermeira também foi condenada por tentar matar outros seis bebês. Segundo a acusação, ela atacava os bebês durante plantões noturnos que fazia na UTI neonatal.
Entre as vítimas, disse a Promotoria, estavam dois irmãos gêmeos e um bebê prematuro que pesava menos de 1 kg.
Embora a condenação tenha saído nesta sexta,18, a sentença será lida na presença da condenada somente na segunda-feira, 21, e, segundo fontes do caso ouvidas pela imprensa britânica, ela pode pegar prisão perpétua.
Ao longo do julgamento, ela negou as acusações e disse que a culpa da morte havia sido das condições de higiene do hospital. Porém, nesta sexta, a polícia diz ter encontrado em sua casa uma carta na qual ela admite os crimes e diz ter matado de propósito as crianças.
Médicos suspeitaram do número de mortes
Os médicos suspeitaram do alto
numero de mortes dos bebês em 18 meses e então chamaram a polícia, que começou a investigar o caso. Segundo o promotor Nick Johnson, autor da investigação, os policiais perceberam que a enfermeira sempre estavam de plantão quando havia mortes dos bebês.
Segundo Johnson, Letby chegou a buscar nas redes sociais pelos pais dos bebês mortos.
Durante um dos depoimentos que prestou à Justiça, a criminosa chegou a chorar e afirmou que havia condições “inseguras” de saúde no hospital, e que isso teria causado as mortes.