Federação Nacional da Borracha e Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos pedem medidas contra a importação desleal de pneus da Ásia, que ameaça empregos e investimentos no Brasil

Federação Nacional da Borracha e Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos pedem medidas contra a importação desleal de pneus da Ásia, que ameaça empregos e investimentos no Brasil

 

 

 

A Fenabor (Federação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Artefatos de Borracha, Pneumáticos e Latex) e a ANIP (Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos) vêm à público manifestar, em conjunto, preocupação com a grave crise econômica que a importação desleal de pneus da Ásia está provocando no mercado brasileiro.
Dados apurados junto à Receita Federal mostram que pneus importados da China, Vietnã, entre outras localidades, estão entrando no país com preços abaixo do custo de produção industrial e com valores inferiores aos praticados no mercado internacional, ameaçando empregos e investimentos no Brasil.
Nos últimos dois anos México, Estados Unidos e Europa ergueram barreiras alfandegárias para proteger seus mercados contra os pneus asiáticos para proteger suas indústrias e empregos. Como o Brasil está desprotegido, o país virou alvo de desova dos importadores.

Os efeitos deste ataque injusto e oportunista já começam a ser sentidos pelo Brasil. As indústrias, sem condições de competir com estes preços desleais, já estão cancelando investimentos e começam a ter que avaliar cortes de empregos em suas linhas de produção no mercado local.
A indústria de pneus brasileira investe e emprega no Brasil há décadas. São 21 fábricas que empregam e geram renda para 32 mil trabalhadores diretos e para 500 mil indiretos. Hoje temos 2.500 trabalhadores parados aguardando para voltarem aos seus postos de trabalho e o temor é que isso possa não acontecer.
Quando o país permite a importação a preços desleais, ele tira o emprego dos brasileiros e gera postos de trabalho em outro país. O governo tem que analisar o cenário a favor da indústria nacional, que hoje é a 7ª maior produtora de pneus no mundo, para manter empregos e renda, que são essenciais para o crescimento do país.
A questão ambiental é outro ponto que merece atenção. A indústria nacional de pneus cumpre há anos as metas de destinação dos pneus inservíveis no Brasil. Segundo dados do Ibama (2011 a 2022), os fabricantes nacionais acumulam saldo positivo de 127 mil toneladas de pneus recolhidos para reciclagem. Já os importadores têm um passivo ambiental de 419 mil toneladas de pneus não recolhidos. Nossos trabalhadores e a nossa indústria estão comprometidas com a destinação correta do pneu, enquanto os importadores não cumprem com suas obrigações.
O Governo Federal precisa tomar providências e deve tomar medidas para garantir competição justa e defender o emprego dos brasileiros e as empresas que investem e geram renda no Brasil.

 

 

 

 

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