Fafá de Belém relembra a história por trás da emblemática foto soltando uma pomba durante as Diretas já
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Na tarde de sexta-feira (21), foi ao ar a homenagem a Fafá de Belém no programa Sem Censura, apresentado por Cissa Guimarães. A bancada também contava com a presença do jornalista e crítico musical Mauro Ferreira; o cantor e multi-instrumentista Arthur Espíndola, o DJ e produtor musical, Zé Pedro e, como debatedora, a jornalista especializada em música, Fabiane Pereira.
Durante a retrospectiva da carreira de quase 50 anos da cantora, o convidado Zé Pedro pediu para Fafá relembrar a história por trás da emblemática foto dela soltando uma pomba durante o comício da Sé, símbolo do movimento das Diretas já em São Paulo, no dia 25 de janeiro de 1984. A paraense então conta que sua chegada até o microfone, não foi tão simples assim. Após gravar a canção Menestrel das Alagoas, o senador Teotônio Vilela, um dos precursores do movimento, organizou uma campanha para as Diretas, na qual Fafá seria a musa. Após a morte de Teotônio, seria então executado seu plano, como forma de honrá-lo, porém, dado início aos comícios ao redor do Brasil, diversos partidos cortaram a participação da cantora, até que chegasse o grande evento na praça da Sé.
Apesar do PMDB jovem cancelar sua parte, por conta de sua proximidade com o Partido dos Trabalhadores (PT), Lula a chamou para a caminhada até o palanque. Foi na tribuna que Fafá foi informada que soltaria uma pomba branca, assim como Teotônio fazia durante a anistia, como homenagem ao senador, no encerramento dos discursos. Apesar de não ter sido convidada oficialmente, foi ao som da Menestrel das Alagoas que Fafá deixou sua marca na história da democracia brasileira.
Além de falar sobre sua participação política, a cantora também dividiu com o público histórias sobre a sua infância, a origem dos seus grandes sucessos como “Abandonada”, seu ativismo a favor da Amazônia e as diversas polêmicas e mentiras que a mídia publicou sobre ela.
Aqui você confere o programa na íntegra.
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