Exposição prolongada ao som dos trios elétricos no Carnaval pode prejudicar a audição

Exposição prolongada ao som dos trios elétricos no Carnaval pode prejudicar a audição

Após praticamente três anos, já podemos dizer que o Carnaval está de volta e com ele a alegria dos blocos e o som dos trios elétricos. Enquanto milhões de pessoas festejam o retorno da folia em todo o Brasil, os otorrinolaringologistas alertam para os males causados pelos ruídos derivados de caixas de som super potentes dos trios elétricos e instrumentos de percussão, os quais podem prejudicar a audição dos foliões e também dos artistas que garantem o sucesso da festa.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Otologia (SBO), é durante o Carnaval que se verifica um aumento expressivo do número de casos de pessoas que apresentam problemas nos ouvidos. De acordo com especialistas, o barulho em excesso faz muito mal à audição e os sons acima de 85 decibéis podem provocar lesões irreversíveis na cóclea (órgão da audição). Para efeitos de comparação, quem brinca a 50 metros de um trio elétrico está exposto a um ruído de, no mínimo, 96 decibéis, e quem fica logo atrás do trio recebe um barulho muito maior, em torno de 120 decibéis.

De acordo com o otorrinolaringologista Edson Bastos, da Otorrino Center, empresa que integra o Grupo H+Brasil, uma das maiores holdings de saúde do país na área de multiespecialidades, o ouvido humano tolera sons de 80 a 85 decibéis (ruído de liquidificador, por exemplo) por um período entre 06 e 08 horas ao dia. “Já acima desse nível e por mais tempo são altamente lesivos para a audição e os sons de 110 e 120 decibéis lesam o ouvido interno de imediato”, explica.

Segundo ele, a grande intensidade de som pode ocasionar sensação de pressão nos ouvidos, zumbido e dificuldades para ouvir, seja no próprio dia ou nos momentos posteriores à folia. “Mesmo que esse desconforto desapareça após a exposição a sons elevados, as células auditivas já podem ter sido lesionadas e os problemas de audição tendem a aparecer com o passar do tempo”, explica o otorrinolaringologista.

A Perda Auditiva Induzida por Níveis de Pressão Sonora Elevados (PAINPSE) tem efeito cumulativo e é resultado da exposição prolongada a ruídos altos, no decorrer da vida. Por isso, o especialista alerta: “Os ouvidos são sensíveis ao excesso de barulho, tanto na intensidade, quanto no tempo de exposição. As lesões são irreversíveis, já que o organismo não consegue produzir novas células auditivas saudáveis”.

De todo modo, o otorrinolaringologista não pretende convencer as pessoas a não brincarem o Carnaval, mas alertá-las para o volume e o tempo de exposição ao som alto, que podem ocasionar consequências desastrosas para a vida. “Seja folião ou artista, a recomendação é manter uma distância mínima de 10 metros da fonte do barulho, além do uso de protetores auriculares, que diminuem o som que entra pelos ouvidos em até 25 decibéis e permitem que se escute a música e o batuque em um volume aceitável para os ouvidos”, explica o médico especialista em patologias dos ouvidos Edson Bastos. “Caso os sintomas permaneçam, é necessário procurar o mais breve possível um otorrinolaringologista para realizar a avaliação do dano”, finaliza.

Os números da surdez

Estudos da OMS de 2018 apontavam para 466 milhões de pessoas no mundo com problemas auditivos, sendo 34 milhões crianças. Com base na evolução destes dados, estima-se que 900 milhões de pessoas possam ter surdez até 2050, quase o dobro da quantidade atual. Atualmente, no Brasil, cerca de 10 milhões de pessoas possuem algum tipo de deficiência auditiva e, entre os fatores que explicam o aumento de casos está o envelhecimento da população e a falta de prevenção, principalmente na infância, onde 60% dos casos poderiam ser prevenidos.

Otorrino Center

Na Otorrinocenter são oferecidas diversas modalidades de cirurgias: ouvido (estapedotomia, timpanoplastia, cirurgia da surdez, prótese auditiva, implante coclear), correção das orelhas de abano (otoplastia), implantação de tubo de ventilação, endoscópica nasal, plástica de nariz (rinoplastia), desvio do septo nasal, amígdalas e adenóides, cabeça e pescoço, além de crânio-maxilo-facial. Há também tratamentos especializados para otites, perda auditiva, tontura, zumbido, sinusite, desvio de septo, nariz entupido, rinite, sangramento nasal, dor de garganta, engasgos, rouquidão, refluxo, apneia do sono, ronco em adultos, crianças e bebês, e tumores de cabeça e pescoço, por exemplo. Dentre as especialidades médicas em que atua, estão a Otorrinolaringologia infantil e adulta, Otologia e Otoneurologia (parte externa e interna do ouvido), Rinologia (problemas nasais), Laringologia (laringe), Estomatologia (lesões bucais) e Medicina do Sono.

 

Grupo H+Brasil

 

O Grupo H+Brasil tem seis anos de existência e soma 12 milhões de atendimentos em diferentes regiões do país. São 30 marcas, 89 unidades de atendimento, 3000 colaboradores e 1500 médicos especialistas. Além da referência em Oftalmologia com o Grupo Opty, maior grupo da América Latina, o H+Brasil tem focado suas ações em Ortopedia (Ortocity e Instituto Osmar de Oliveira), em Urologia (Urobrasil), e agora em Otorrinolaringologia (Otorrino Center), para reforçar o compromisso com a qualidade e a segurança no cuidado dos pacientes.

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