Especialista destaca avanços da imunoterapia no combate à Esclerose Múltipla
O mês de agosto, conhecido como Agosto Laranja, é um período dedicado à conscientização sobre a esclerose múltipla (EM), uma doença autoimune crônica, que afeta o sistema nervoso central. A EM provoca danos à mielina, a camada protetora dos nervos, resultando em dificuldades motoras, sensoriais e cognitivas. A campanha destaca a importância do diagnóstico precoce, do acesso a tratamentos e do apoio aos pacientes, sendo crucial para aumentar a conscientização sobre essa condição debilitante.
Nos últimos anos, os avanços no tratamento da esclerose múltipla, especialmente no campo da imunoterapia, têm trazido novas esperanças para os pacientes. Segundo o Dr. Eduardo Cardoso, neurologista da Clínica IBIS, as novas opções de imunoterapias, como os anticorpos monoclonais, têm demonstrado uma eficácia significativa na redução de surtos e na desaceleração da progressão da incapacidade. Além disso, esses tratamentos podem ser administrados com menos frequência, aumentando a comodidade para os pacientes.
Dr. Eduardo Cardoso_divulgação
A imunoterapia atua modulando, suprimindo ou reconstituindo o sistema imunológico, reduzindo sua atividade destrutiva sobre a mielina. “Ela pode retardar ou até impedir o avanço da esclerose múltipla, reduzindo a inflamação e prevenindo danos adicionais ao sistema nervoso”, explica o Dr. Cardoso. Comparada a outros tratamentos, a imunoterapia oferece maior eficácia na redução da atividade da doença e pode ser personalizada para atender às necessidades individuais dos pacientes.
Existem diferentes tipos de imunoterapia, como interferons, anticorpos monoclonais e moduladores de células T. A escolha do tratamento ideal depende de fatores como o tipo de EM, a gravidade da doença e o histórico de surtos. No entanto, a imunoterapia não é indicada para todos os pacientes, especialmente em casos de risco elevado de efeitos colaterais graves ou contraindicações específicas.
Os possíveis efeitos colaterais da imunoterapia variam, mas incluem reações alérgicas, infecções e fadiga, que podem ser gerenciados com monitoramento contínuo e ajustes de dose. “A escolha do tratamento é feita de forma individualizada, priorizando a eficácia e a segurança para cada paciente”, ressalta o médico.
As expectativas para o futuro da imunoterapia no tratamento da esclerose múltipla são promissoras, com pesquisas em andamento focadas em melhorar a eficácia e a segurança dos tratamentos. Estudos estão explorando novas formas de modular o sistema imunológico e até terapias que podem reparar danos à mielina.
A adoção da imunoterapia pode impactar positivamente a qualidade de vida dos pacientes a longo prazo, reduzindo surtos, limitando a progressão da doença e permitindo maior independência e funcionalidade. O Agosto Laranja, portanto, não apenas conscientiza, mas também celebra os avanços que estão transformando a vida de muitos pacientes com esclerose múltipla.
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