Escravidão: família mais rica do Reino Unido foi parar no banco dos réus por tráfico de pessoas

Escravidão: família mais rica do Reino Unido foi parar no banco dos réus por tráfico de pessoas

Ajay Hinduja (à esquerda) e sua esposa Namrata chegam com seu advogado Robert Assael a um tribunal em Genebra

Quatro membros da família mais rica do Reino Unido estão sendo julgados na Suíça sob acusações de gastarem mais dinheiro cuidando de seu cachorro do que de seus empregados domésticos.

Esta semana, no tribunal, um dos procuradores mais famosos de Genebra, Yves Bertossa, comparou os quase R$ 55 mil por ano que a família teria gasto com seu cachorro ao valor diário que supostamente estavam pagando aos seus empregados.

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Os advogados da família Hinduja não negaram especificamente as acusações de baixos salários, mas afirmaram que estas devem ser vistas no contexto adequado — observando que os funcionários também recebiam alojamento e alimentação.

A acusação de longas horas de trabalho também foi contestada, com um advogado de defesa argumentando que assistir a um filme com as crianças Hinduja não poderia ser considerado realmente trabalho.

Alguns ex-funcionários testemunharam a favor dos Hindujas, descrevendo-os como uma família amigável que tratava seus empregados com dignidade.

No entanto, as acusações de que os passaportes dos empregados foram confiscados e que eles não podiam deixar a casa sem permissão são graves, pois poderiam ser consideradas como tráfico humano.

A promotoria está pedindo penas de prisão, além de milhões de dólares em compensação e custas judiciais.

Tráfico hunamo 

A família Hinduja, com patrimônio avaliado em cerca de £ 37 bilhões (R$ 253,4 bilhões), é acusada de qexploração e tráfico humano.

A família possui uma vila no bairro rico de Cologny, em Genebra, e as acusações contra eles estão relacionadas à prática de buscarem empregados na Índia para cuidar de seus filhos e da casa.

Segundo as acusações, Prakash e Kamal Hinduja, juntamente com seu filho Ajay e sua esposa Namrata, confiscaram os passaportes dos funcionários, pagaram a eles o equivalente a cerca de R$ 50 por dia de trabalho de 18 horas e lhes permitiram pouca liberdade para sair de casa.

Embora um acordo financeiro sobre a exploração tenha sido feito na semana passada, os Hindujas permanecem em julgamento por tráfico humano, o que é considerado um grave crime na Suíça. Eles negam as acusações.

Esta semana, no tribunal, um dos procuradores mais famosos de Genebra, Yves Bertossa, comparou os quase R$ 55 mil por ano que a família teria gasto com seu cachorro ao valor diário que supostamente estavam pagando aos seus empregados.

Os advogados da família Hinduja não negaram especificamente as acusações de baixos salários, mas afirmaram que estas devem ser vistas no contexto adequado — observando que os funcionários também recebiam alojamento e alimentação.

A acusação de longas horas de trabalho também foi contestada, com um advogado de defesa argumentando que assistir a um filme com as crianças Hinduja não poderia ser considerado realmente trabalho.

Alguns ex-funcionários testemunharam a favor dos Hindujas, descrevendo-os como uma família amigável que tratava seus empregados com dignidade.

No entanto, as acusações de que os passaportes dos empregados foram confiscados e que eles não podiam deixar a casa sem permissão são graves, pois poderiam ser consideradas como tráfico humano.

A promotoria está pedindo penas de prisão, além de milhões de dólares em compensação e custas judiciais.

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