ENTRE O PASSADO E O PRESENTE: O QUE 12.12: O DIA NOS ENSINA SOBRE A LEI MARCIAL NA COREIA DO SUL
Filme coreano dialoga com as tensões atuais da Coreia do Sul e reforça o papel do cinema como ferramenta de reflexão histórica |
“Esse é um filme que nos ensina a sobreviver em tempos como esses”. A frase de Fernanda Torres ao vencer o Globo de Ouro por sua atuação em “Ainda Estou Aqui”, não poderia ser mais apropriada para descrever o impacto do cinema em nos fazer lembrar dos momentos de crise e inspirar a luta para que eles jamais se repitam. |
|
Assim como o longa brasileiro revisita os traumas da ditadura, o filme coreano 12.12: O DIA revive o golpe militar de 1979 na Coreia do Sul, uma história que ganha ainda mais relevância diante do atual cenário político do país.
Em dezembro de 2024, o presidente Yoon Suk-yeol surpreendeu ao declarar lei marcial, fechar o parlamento e restringir a liberdade de imprensa, em uma atitude que muito se assemelha a um golpe. Embora a medida tenha sido revogada após resistência popular e parlamentar, o episódio reacendeu debates sobre democracia e liberdade, destacando o quanto o passado pode ecoar no presente. 12.12: O DIA, dirigido por Kim Sung-soo, retrata uma noite igualmente decisiva da história coreana, expondo as lutas de poder e os dilemas morais que marcaram o país há mais de quatro décadas. |
|
O diretor Kim Sung-soo combina história e ficção para capturar a intensidade de 1979, quando a morte do presidente Park e a declaração de lei marcial levaram o comandante Chun Doo-gwang a tentar tomar o poder. Enquanto isso, o comandante Lee Tae-shin enfrenta o desafio de impedir que o exército seja usado politicamente. O filme foi a maior bilheteria da Coreia em 2023 e é o escolhido para representar o país no Oscar 2025.
Assim como Fernanda Torres afirmou sobre “Ainda Estou Aqui”, o cinema tem o poder de nos ensinar a resistir em tempos difíceis. 12.12: O DIA não é apenas um retrato do passado, mas um alerta para o presente. Em um mundo onde a democracia enfrenta desafios contínuos, o filme nos lembra que a liberdade nunca é garantida — é preciso defendê-la. A partir de 23 de janeiro, o filme estreia nos cinemas brasileiros com distribuição da SATO COMPANY. |
|
Sinopse Após o assassinato do Presidente Park, a lei marcial é decretada. Um golpe de Estado é liderado pelo Comandante de Segurança da Defesa, Chun Doo-gwang (Hwang Jung-min), junto a um grupo de oficiais. O obstinado Comandante da Defesa da Capital, Lee Tae-shin (Jung Woo-sung), acredita que o exército não deve agir politicamente e enfrenta Chun para detê-lo. No caos crescente, enquanto líderes militares hesitam e o Ministro da Defesa está desaparecido, o destino da primavera de Seul toma um rumo inesperado. |
Ficha Técnica Direção: Kim Sung-soo Elenco: Hwang Jung-min, Jung Woo-sung, Lee Sung-min, Park Hae-joon, Kim Sung-kyun Produção: Hive Media Corp. Produtor: Kim Won-kuk Direção de Fotografia: Lee Mo-gae Design de Produção: Jang Geun-young Design de Figurino: Kwak Jung-ae Duração: 141 minutos Classificação Indicativa: 12 anos |
Sobre a Sato Company Fundada em 1985, a Sato Company é pioneira na distribuição e referência em Animes e Tokusatsu, tendo em seu portfólio conteúdos asiáticos de sucesso de público e crítica como Akira, Ghost in the Shell, National Kid, Ultraman, Jaspion, Jiraiya, dentre muitos outros. Sua constante inovação hoje se traduz na produção e distribuição para cinema, televisão, OTT (SVOD/TVOD/AVOD). Atua também como agregadora de conteúdo e no licenciamento de produtos. Em 2024 foi responsável por trazer ao Brasil os filmes vencedores do Oscar ‘Godzilla Minus One’ e ‘O Menino e a Garça’. |
Deixe um comentário