Encontro em Brasília vai reunir mais de 200 ativistas climáticos de todo o mundo para discutir a transição energética justa
Renovando Nossa Energia é um encontro único de ativistas climáticos de todo o mundo que acontecerá de 13 a 17 de abril de 2025, em Brasília. Líderes indígenas, jovens ativistas, e figuras políticas estarão presentes entre as mais de 200 pessoas de 70 países diferentes.
Como sociedade civil defendendo a transição energética justa e o valor das comunidades indígenas, tradicionais e mais vulneráveis, esta é uma das nossas contribuições para o espírito de“mutirão”defendido pela presidência brasileira da COP30. O evento irá conectar centenas de pessoas de todo o mundo através de palestras, workshops e sessões culturais para catalisar projetos de energia renovável liderados por e em favor das comunidades. Construir energia renovável acessível, segura e de propriedade comunitária é um ato de justiça climática.
Destaques programáticos:
Demandamos que o Brasil lidere a transição energética justa na COP30:
Líderes indígenas, ativistas e o renomado artista de rua brasileiro, Mundano, apresentarão demandas por uma transição energética justa à presidência da COP30 antes das negociações climáticas da ONU no Brasil em novembro. A 350.org já lançou uma petição online internacional com essas demandas.
Você pode esperar uma ação visual e criativa durante o evento! Para mais informações, entre em contato. Vídeos e fotos serão compartilhados aqui.
Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, foi convidada a participar do evento, assim como a presidência da COP30, para debater com os participantes a necessidade de uma transição energética justa, colocando as pessoas e o meio ambiente em primeiro lugar.
Sessões online: O Encontro Renovando Nossas Energia também visa inspirar além do encontro presencial. Haverá cinco painéis online gratuitos para compartilhar conhecimento sobre descentralização de energia, poder da articulação comunitária e a transformação de nossos sistemas de energia para capacitar mais apoiadores e parceiros a se somarem na resistência à energia renovável. As sessões serão transmitidas ao vivo no YouTube pelos links abaixo, e para saber mais sobre os painéis, clique aqui.
- Dia 1, domingo, 13 de abril: Energia descentralizada e justa como resistência
- Dia 2, segunda-feira, 14 de abril: O poder em movimento: de guerreiros a criadores de mundos
- Dia 3, terça-feira, 15 de abril: O poder em nossas mãos: estudos de caso inspiradores de comunidades em prol de uma transição justa
- Dia 4, quarta-feira, 16 de abril: Futuros radicais: construindo uma comunidade através da transformação do sistema energético
- Dia 5, quinta-feira, 17 de abril: Painel de encerramento: Compromisso e próximos passos
Sobre o Renovando Nossa Energia
O Encontro Renovando Nossa Energia ocorre no meio da década decisiva em que precisamos urgentemente de ações climáticas – e que pode ser nossa última janela de oportunidade para garantir um planeta habitável para todos. O que fizermos agora, dentro de cinco a dez anos, definirá se vamos conseguir manter o aquecimento global em um nível seguro – ou se desencadearemos um ponto climático de não retorno.
No entanto, o poder mundial está nas mãos de poucos – empresas de combustíveis fósseis e bilionários que seguem colocando os lucros acima das pessoas e do planeta. Se quisermos garantir um futuro brilhante e próspero para todos, precisamos que o poder fique novamente em nossas mãos. Não queremos apenas novos sistemas energéticos, e sim sistemas melhores e mais democráticos.
O Encontro Renovando Nossa Energia é um momento importante que antecede as negociações climáticas da COP30, da ONU. Juntos, vamos aumentar a pressão sobre os governos e construir as soluções das quais nosso clima depende. Vamos fortalecer a ação climática, conectando agentes de mudança locais para inspirar, colaborar e implementar iniciativas de energia renovável lideradas pela comunidade, como um ato de resistência.
Durante o encontro de cinco dias, ativistas e grupos indígenas plantarão as sementes para campanhas de energia renovável que serão realizadas no mundo inteiro e depois retornarão às suas comunidades com ferramentas para implementar mudanças duradouras. Os participantes do Encontro Renovando Nossas Energia também vão planejar oportunidades de ação e poder conjuntas, como a adesão ao apelo por uma grande mobilização global pelas pessoas e pelo planeta em 2025 e a pressão sobre políticos para aumentar a ambição climática e o financiamento climático, com foco em uma transição justa, nas negociações climáticas globais da COP30.
Visão geral da programação
A programação se concentra nas lideranças indígenas, jovens e comunitárias, que são as verdadeiras guardiãs do nosso planeta e do clima. No mundo todo, os povos indígenas têm protegido ecossistemas cruciais e nos mostrado que colocar a vida acima do lucro e compreender os seres humanos como parte da natureza não é apenas possível, mas o único caminho a seguir. A liderança dessas pessoas traduz o que é um sistema descentralizado de energia renovável: soluções locais que respeitam e promovem toda a vida ao seu redor.
O treinamento vai incluir:
- Táticas de organização do movimento
- Como criar uma campanha local de energia renovável
- Políticas energéticas ao redor do mundo e como influenciá-las
- Como se articular para acessar financiamentos para soluções de energia renovável
- Princípios e práticas para uma transição energética que não seja apenas limpa, mas também justa e equitativa para as pessoas e o meio ambiente
Destaques do programa
Apelos por justiça energética para todos antes da COP30: O Encontro Renovando Nossas Energia vai culminar com os participantes cobrando os líderes mundiais para que enfrentem o desafio climático com ações ousadas em energia renovável e parem de colocar os lucros acima das pessoas e do planeta. Essa ação conjunta dará início ao processo rumo a uma grande mobilização global ainda este ano, pressionando políticos a aumentarem a ambição climática e o financiamento climático rumo a uma transição energética justa nas negociações climáticas globais da COP30, no Brasil, em novembro.
Renomado artista de rua brasileiro, Mundano irá trabalhar com ativistas e participantes do encontro para produzir, antes da COP30, uma obra inédita que clama por uma transição energética justa.Mais informações sobre a ação e o artivismo de Mundano serão enviadas ao longo do evento. Vídeos e fotos estarão disponíveis aqui.
- 16 de abril, Demonstrando o Poder das Mulheres: O Energia das Mulheres da Terra, projeto liderado por mulheres que instalam bombas solares em pequenas terras agrícolas, fará uma demonstração prática de como mulheres estão empoderando outras mulheres por meio da energia solar. Vídeo e fotos da demonstração estarão disponíveis neste link.
- Sessões online: O Encontro Renovando Nossas Energia também visa inspirar além do encontro presencial. Haverá cinco painéis online gratuitos para compartilhar conhecimento sobre descentralização de energia, poder da articulação comunitária e a transformação de nossos sistemas de energia para capacitar mais apoiadores e parceiros a se somarem na resistência à energia renovável. As sessões serão transmitidas ao vivo no YouTube pelos links abaixo, e para saber mais sobre os painéis, clique aqui.
- Dia 1, domingo, 13 de abril: Energia descentralizada e justa como resistência
- Dia 2, segunda-feira, 14 de abril: O poder em movimento: de guerreiros a criadores de mundos
- Dia 3, terça-feira, 15 de abril: O poder em nossas mãos: estudos de caso inspiradores de comunidades em prol de uma transição justa
- Dia 4, quarta-feira, 16 de abril: Futuros radicais: construindo uma comunidade através da transformação do sistema energético
- Dia 5, quinta-feira, 17 de abril: Painel de encerramento: Compromisso e próximos passos
Alguns participantes inspiradores
ÁFRICA
Patience Nabukalu – Uganda
Patience faz parte do Fridays for Future Uganda e tem se envolvido ativamente na campanha Stop EACOP, defendendo a causa contra o Oleoduto de Petróleo Bruto da África Oriental – a campanha que denuncia os riscos humanos e ambientais do oleoduto, bem como o potencial significativo de emissões de carbono, e pede investimentos em energia renovável. Em sua comunidade, ela trabalha na construção de projetos de energia solar de pequena escala. Essas iniciativas oferecem energia limpa e acessível às famílias e reduzem a dependência de fontes de energia não renováveis, contribuindo para a sustentabilidade local e a luta mais ampla contra as mudanças climáticas.
June Bartuin, jovem ativista indígena – Quênia
June é uma jovem ativista climática da comunidade indígena Endorois, no Quênia, situada na província do Vale do Rift, próxima ao lago Bogoria. June já recebeu prêmio globais de prestígio do Youth Peace Challenge YPC 2024 e é fundadora da Indigenous Peoples for Peace and Climate Justice – IPPCJ. Ela trabalha com grupos de mulheres, jovens e mulheres com deficiência da comunidade Endorois, defendendo soluções de energia solar para enfrentar as mudanças climáticas. June é apaixonada por garantir que a transição para a energia solar seja justa, equitativa e inclusiva. Por meio da IPPCJ, promove projetos de adaptabilidade para reduzir o uso de combustíveis fósseis, visando uma sociedade com emissões líquidas zero. June também treinou mais de mil grupos de mulheres indígenas no Condado de Baringo sobre o uso de métodos de limpos na cozinha.
AMÉRICA LATINA E CARIBE
Luene Karipuna – liderança indígena, Brasil
Luene Karipuna é coordenadora-executiva da Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Amapá e Norte do Pará (APOIANP). Ela pertence ao povo indígena Karipuna e vive na aldeia Santa Isabel, na Terra Indígena Uaçá, em Oiapoque, no Amapá. Graduanda do curso de Licenciatura Intercultural Indígena (Unifap), Luene é uma comunicadora e ativista indígena na luta contra os combustíveis fósseis.
Ninawa Huni Kui – liderança indígena, Brasil
O cacique Ninawa Huni Kui é presidente da Federação do Povo Huni Kui no Acre. Nos últimos 20 anos, destacou-se como líder ativo e defensor ambiental contra o extrativismo de combustíveis fósseis em nível nacional e internacional. Seu território fica no meio do rio Envira (território Hênê Bariá Namakiá), na Aldeia Yskuiá Yuxibú, no Acre.
Toya Manchineri – liderança indígena, Brasil
Toya é o coordenador-geral da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB) e pertence ao povo Manchineri do estado do Acre. Toya é membro do Comitê Indígena de Mudanças Climáticas (CIMC) da Câmara Técnica sobre Mudanças Climáticas do Comitê Gestor da Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas (PNGATI) e membro da Comissão Nacional de REDD+ – CONAREDD, da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil – APIB. Toya é filho de um dos fundadores da COIAB, José Severino Manchineri, que participou do processo de demarcação do primeiro território indígena do Acre.
Nantu Canelos – Liderança indígena, Equador
Líder indígena dos povos Achuar da Amazônia equatoriana, Nantu é fundador e presidente da Kara Solar, uma fundação que cria transporte fluvial baseado em soluções de energia renovável na Amazônia. A Kara Solar visa criar tecnologias que equipem as comunidades da Amazônia com novas ferramentas para desenvolver autonomia energética limpa, fortalecer a resiliência cultural e contribuir para a defesa dos ecossistemas da floresta tropical que sustentam a todos nós.
Mónica Chuji – liderança indígena, Equador
Mónica é uma reconhecida líder Kichwa da Amazônia equatoriana e defensora dos direitos humanos e da natureza. Ela é uma analista política, liderança, instrutora de líderes e colunista. Mónica vem de uma família de líderes de base. Desde a juventude (1990), destacou-se na defesa dos direitos indígenas. Como ex-ministra da Comunicação e integrante da Assembleia Constituinte, usou sua voz e plataforma para influenciar e fortalecer demandas históricas dos povos indígenas. Como constituinte, liderou a Comissão de Recursos Naturais e Biodiversidade, na qual, ao lado de comunidades e povos indígenas, lutou para garantir a inclusão do caráter plurinacional do Estado, dos direitos coletivos indígenas, do direito à consulta livre, prévia e informada, do acesso à água como direito humano, dos direitos da natureza e dos direitos das mulheres indígenas na nova Constituição equatoriana. Atualmente, é vice-diretora para a América Latina da International Indigenous Peoples Rights (IPRI).
Luis Acosta – liderança indígena, Colômbia
Coordenador da “Guarda Indígena” da Organização Nacional dos Povos Indígenas da Colômbia (ONIC). Líder dos povos Nasa no norte da região do Cauca.
Robinson Moreno – Colômbia
Robinson é um ex-trabalhador do setor da mineração e atual presidente da Coomusitador, organização comprometida com a reconversão do trabalho no setor de mineração no departamento de Magdalena, na Colômbia. Seu objetivo é liderar a transição para um futuro sustentável e equitativo, com foco na adoção de energia limpa e criação de oportunidades de trabalho justas no Caribe colombiano.
Ruth Santiago – Porto Rico
Ruth Santiago é uma advogada comunitária e ambiental, além de ativista pela justiça climática em Porto Rico. Ela faz parte da iniciativa We Want Sun, que promove projetos solares distribuídos, públicos e comunitários e democracia energética. Atuou no antigo Conselho Consultivo de Justiça Ambiental da Casa Branca e está determinada a desafiar os interesses privados que controlam o setor de produção e fornecimento de energia, defendendo a propriedade pública e comunitária para tornar o sistema energético de Porto Rico mais equitativo e resiliente aos impactos climáticos.
PACÍFICO
Olivia Vakacegu-Baro – Fiji
Olivia é uma defensora do empoderamento de jovens e mulheres. Trabalha com a Conferência de Igrejas do Pacífico (PCC) para impulsionar a transformação da comunidade por meio da justiça climática e do desenvolvimento sustentável. Liderou iniciativas que fornecem energia solar e tanques de água, além de escritórios e fazendas movidos a energia solar, voltados às comunidades, para reduzir a dependência de combustíveis fósseis, capacitando a população local a assumir o controle de suas necessidades energéticas e promovendo a resiliência. Além desses projetos, Olivia tem sido fundamental na construção de campanhas de causas climáticas e na colaboração com redes regionais e globais para amplificar as vozes dos mais afetados pela crise do clima. Olivia está particularmente envolvida em aprender com igrejas e organizações religiosas que estão integrando projetos de energia renovável em seu trabalho, buscando maneiras de promover o desenvolvimento sustentável e a ação climática em suas comunidades.
Tuifaasisina Tapenaga Jnr Reupena Polataivao-Fatialofa – liderança jovem, Samoa
Tuifaasisina pertence à diáspora samoana e atualmente está radicado na Austrália. Está profundamente envolvido na justiça indígena e na defesa do clima. Como membro ativo dos Guerreiros Climáticos do Pacífico de Magandjin e voluntário da 350 Austrália, sua atuação tem como foco a oposição à indústria de combustíveis fósseis em Queensland e em todo o Pacífico. Também lidera workshops educacionais e passeios de contação de histórias que valorizam as culturas do Pacífico, mostrando os impactos das mudanças climáticas nos modos de vida indígenas. Tuifaasisina acredita no poder da narrativa para inspirar e mobilizar pessoas, pois é por meio do compartilhamento de histórias pessoais e culturais que se pode influenciar corações e mentes em direção à ação climática.
Brianna Fruean – liderança jovem, Samoa
Brianna Fruean é uma ativista climática de 24 anos de Samoa. Aos 11 anos, ao testemunhar as mudanças nos padrões climáticos que afetavam e ameaçavam os meios de vida de sua comunidade, ela decidiu agir, tornando-se membro fundadora da 350 Samoa. Brianna também faz parte dos Guerreiros Climáticos do Pacífico da 350.org – uma rede de campanha popular liderada por jovens nas Ilhas do Pacífico. Em reconhecimento ao seu incrível ativismo, Brianna recebeu o {/1}Global Citizen Prize 2022, Oceania. O prêmio homenageia agentes de mudança extraordinários que estão tomando ações excepcionais para acabar com a pobreza extrema e promover mudanças sociais pelo mundo.
EUROPA
Souba Manoharane – França
Souba é cofundadora do Les Impactrices (Mulheres Transformadoras), primeira organização na França a conectar gênero, clima e justiça social. Desde 2017, essa associação ecofeminista e decolonial tem trabalhado para ampliar o papel das mulheres e das minorias na transição ecológica por meio de uma rede, programas de treinamento, plataforma de mídia e o festival Printemps des Impactrices. Elas também cocriaram o Mural Ecofeminismo na França.
Chris Vrettos – Grécia
Chris Vrettos promove iniciativas de energia renovável lideradas pela comunidade na Europa por meio de seu trabalho com a REScoop.eu e a Electra Energy. Defende a necessidade urgente de soluções coletivas e populares para combater a crise climática e o domínio das corporações de combustíveis fósseis. Embora a energia comunitária na Europa geralmente se concentre em soluções, ele vê uma oportunidade de fortalecer as conexões com o movimento de resistência aos combustíveis fósseis e ampliar a solidariedade para além das restrições geográficas. Chris trabalhou em vários programas de pesquisa sobre tópicos como o Acordo Verde da União Europeia e decrescimento. Ele se interessa por política climática internacional e jornalismo e participou das negociações climáticas da ONU como ativista em diversas ocasiões.
AMÉRICA DO NORTE
Serena Mendizbal – Sacred Earth Solar, Canadá
Serena Mendizabal é uma panamenha do Clã Lobo Cayuga, das Seis Nações do Território do Grande Rio. É pesquisadora comunitária, organizadora de base e defensora do meio ambiente. Começou sua jornada vinculada à energia limpa quando tinha 18 anos, trabalhando com engajamento comunitário e comunicação nas Seis Nações da Grand River Development Corporation, detentora do maior portfólio de energia limpa das Primeiras Nações no chamado Canadá. Enquanto trabalhava no engajamento comunitário, encontrou lacunas no consentimento da comunidade com o portfólio de energia limpa local e passou a explorar mais a fundo o que uma verdadeira “transição justa” pode representar para uma comunidade de mais de 28 mil pessoas.
Roishetta Ozane – Estados Unidos
Roishetta é uma organizadora e defensora da justiça ambiental com raízes profundas na comunidade da linha de frente da Louisiana. Como líder do Projeto Vessel da Louisiana, dedica-se a capacitar moradores locais , por meio da educação e de recursos para a transição, rumo a soluções de energia renovável. Em workshops e eventos comunitários, Roishetta amplia a conscientização sobre os benefícios da energia limpa, como energia solar e eficiência energética, ao mesmo tempo em que cria projetos locais sustentáveis que reduzem a pegada de carbono, criam empregos e estimulam a economia local. Seu trabalho se concentra na construção de uma rede de apoio formada por membros comunitários, empresas e governos locais, todos comprometidos em criar um futuro mais sustentável.