Empresa carioca arremata marca Cristal Blumenau por R$ 25 mil

Empresa carioca arremata marca Cristal Blumenau por R$ 25 mil

 


Leilão encerrou o ciclo de venda da massa falida da tradicional fabricante de cristais

 

A marca Cristal Blumenau, que tem registro vigente no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) até junho de 2025, foi arrematada em leilão na tarde desta quinta-feira (19/12). O lance vencedor de R$ 25 mil foi ofertado por uma empresa do ramo de cristais sediada no Rio de Janeiro. A sessão ocorreu na modalidade online na plataforma Nogari Leilões.

 

Segundo Jorge Nogari, leiloeiro responsável, duas empresas participaram efetivamente da disputa, contudo, houve o credenciamento de mais de 20 interessados, entre pessoas físicas e jurídicas de diferentes Estados brasileiros, como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo.

“A aquisição da marca reforça a relevância do setor de cristais no cenário nacional. Conhecida pela tradição e qualidade, a Cristal Blumenau carrega consigo uma história de sofisticação e design único, atributos que podem ser explorados pela nova proprietária”, comenta Nogari.

Desde o primeiro leilão, em 19/11, a página da marca no site da Nogari Leilões teve mais de 800 visualizações.

No segundo leilão, que ocorreu em 04/12, uma empresa de Blumenau arrematou por R$ 5,4 milhões os três lotes do terreno onde funcionava a Cristal Blumenau. Os imóveis somam uma área total de quase sete mil metros quadrados e estão localizados no bairro Itoupava Norte, com 70 metros de frente para a Avenida 2 de Setembro.

Naquele dia, a marca Cristal Blumenau foi anunciada por lance inicial de cerca de R$ 490.443,00. Neste último leilão, ela foi vendida pela melhor oferta.

Os valores obtidos serão destinados para o pagamento de créditos trabalhistas, bancários, do fisco e de fornecedores.

Custos de produção elevados e pesada carga tributária foram fatores decisivos para que a empresa Cristal Blumenau perdesse a competitividade frente aos produtos importados com preços menores. Com uma dívida de mais de R$ 180 milhões, requereu a recuperação judicial em 2018, quando tentava manter a operação com 150 funcionários e loja própria. Teve falência decretada em 2022 pelo juiz da 5ª Vara Cível da Comarca do município.

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