Eleições Americanas: Anúncios das campanhas de Biden, Harris e Trump ultrapassam 6 bilhões de impressões no Facebook e Instagram
Novo estudo publicado pela Universidade de Syracuse, em parceria com a plataforma de banco de dados grafos da Neo4j, aponta que grupos apoiados por Elon Musk financiaram mais de USD 6 milhões em anúncios pró-Trump
Os anúncios das campanhas de Biden, Harris e Trump foram responsáveis por mais de 6 bilhões de impressões nas plataformas da Meta (Facebook e Instagram) durante a eleição presidencial americana em 2024. Outras 5 bilhões de impressões vieram de 4.377 páginas do Facebook que veicularam anúncios mencionando os candidatos.
Os gastos com os anúncios da campanha Biden-Harris (US$ 140 milhões) foram seis vezes maiores do que os gastos da campanha do presidente eleito Donald Trump (US$ 24 milhões) nas plataformas da Meta, entre 1º de setembro de 2023 e 5 de novembro de 2024. As informações foram publicadas no quarto relatório do projeto ElectionGraph do Instituto de Democracia, Jornalismo e Cidadania (IDJC) da Universidade de Syracuse, em parceria com a plataforma de banco de dados grafos da Neo4j.
O novo estudo também identificou que grupos apoiados por Elon Musk financiaram mais de US$ 6 milhões de anúncios pró-Trump com “dark money”, uma fonte de doação anônima. Os anúncios, que prejudicaram Harris, foram veiculados durante as últimas semanas da campanha. Musk, o homem mais rico do mundo, é CEO da Tesla e proprietário da plataforma de mídia social X. Ele também se tornou um dos conselheiros mais próximos de Trump.
O relatório analisa mais profundamente os gastos nas plataformas da Meta relacionados ao Progress 2028, apoiado por Musk, Building America’s Future PAC, Future Coalition e FC PACs, Duty to America, Fair Election Fund, RBG PAC e America PAC. Além de mensagens sobre a economia e a imigração ilegal, os anúncios tiveram o objetivo de diminuir o apoio aos democratas entre a população negra nos EUA que fumam cigarros mentolados e enviar mensagens conflitantes e direcionadas sobre a guerra entre Israel e Hamas. Por exemplo, em Michigan, os anúncios destacaram o apoio de Harris a Israel para diminuir o apoio dos eleitores árabes e muçulmanos à candidata, enquanto na Pensilvânia, os anúncios enfatizaram a simpatia de Harris pelos palestinos para afastar os eleitores judeus.
Os relatórios do projeto ElectionGraph fornecem uma análise poderosa, embora apenas parcial, do volume de mensagens relacionadas às eleições nas mídias sociais, sejam os anúncios originados das próprias campanhas dos candidatos ou da vasta rede de grupos externos. O relatório divulgado nesta terça-feira é a última parte de um projeto de pesquisa com duração de um ano, que buscou identificar tendências de desinformação na eleição presidencial dos EUA. O projeto é apoiado por um subsídio e pelo uso licenciado da plataforma da Neo4j, a principal empresa de análise e banco de dados grafos do mundo.
Os esforços da equipe de pesquisadores do ElectionGraph incluem a identificação das origens das mensagens e o rastreamento da desinformação por meio da coleta e da classificação algorítmica de anúncios veiculados no Facebook e no Instagram. O ElectionGraph também desenvolveu um painel de controle acessível ao público para explorar suas descobertas.
“Nos últimos dias da eleição, grupos obscuros com motivos pouco claros veicularam anúncios duvidosos com o objetivo de manipular o entendimento do público sobre as políticas da candidata Kamala Harris”, explica Jennifer Stromer-Galley, professora da Escola de Estudos da Informação da Universidade de Syracuse e principal pesquisadora do projeto. “O ambiente de informações fragmentadas, combinado com a fraca regulamentação sobre financiamento de campanhas e divulgações de anúncios digitais, deixa o público vulnerável a atores que dirão qualquer coisa para tentar vencer as eleições”.
Embora a Meta permita que organizações acessem dados de anúncios, esses dados não precisam ser necessariamente disponibilizados – e não podem ser rastreados da mesma forma – no TikTok, Google, YouTube ou Snapchat. No entanto, as descobertas fornecem uma estrutura para visualizar a base de informações e desinformações direcionadas aos eleitores de grupos com uma mistura de motivos, vínculos e confiabilidade antes da eleição de 2024.
A tecnologia de banco de dados grafos surge como uma ferramenta indispensável para identificar a origem de campanhas de desinformação neste ciclo eleitoral, como explica Jim Webber, cientista-chefe da Neo4j. “Usando a Neo4j, os pesquisadores do ElectionGraph revelaram vastas redes de contato agindo de forma similar para ampliar narrativas falsas, mesmo quando essas contas tentavam manter um verniz de independência”, diz Webber. “Desta forma, foi possível identificar rapidamente os potenciais anúncios que tinham o objetivo de enganar eleitores”.
“Os anúncios eleitorais nas mídias sociais nas últimas semanas da campanha presidencial podem ser particularmente influentes, mas também podem representar uma dificuldade para os eleitores saberem de quem é o dinheiro e a influência por trás deles, devido ao atraso nos requisitos de relatório”, diz Margaret Talev, diretora do IDJC Kramer, jornalista e professora de prática na Newhouse School.
Sobre a Neo4j
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