Einstein e ONG Estou Refugiado oferecem aulas gratuitas de português para pessoas em situação de vulnerabilidade social
Em continuidade ao seu programa de empregabilidade para pessoas em situação de refúgio e imigrantes, o Einstein, em iniciativa conjunta com a ONG Estou Refugiado, está ministrando aulas de português para 20 pessoas vindas, principalmente, do Afeganistão.
Com duração de um ano, o programa engloba os níveis básicos 1 e 2, por meio de aulas presenciais, 100% gratuitas. A iniciativa integra o Programa de Diversidade, Equidade e Inclusão do Einstein, que atua em 5 frentes prioritárias (equidade de gênero, LGBTI+, pessoas com deficiência, gerações e etnias).
O material utilizado é baseado no método Português como Língua de Acolhimento (PLAC), adotado pela EMEF Infante Dom Henrique, escola referência na integração de estudantes refugiados à rede pública. O objetivo é ensinar a língua de forma contextualizada, indo além do aspecto linguístico.
“Como área da saúde, precisamos estar preparados para atender pessoas de outras nacionalidades e os refugiados são importantes para esse aculturamento e aprendizado mútuo. Programas como este são também uma maneira de contribuirmos com a sociedade, acolhendo pessoas em situação de vulnerabilidade e capacitando-as para que possam se desenvolver de maneira plena. Como agentes de mudanças positivas na sociedade, faz parte do nosso compromisso desenvolver ações que beneficiem a todos, sem distinção, explica Miriam Branco, diretora de RH do Einstein.
Miriam explica, ainda, que por meio de vagas afirmativas, dois profissionais foram contratados para trabalhar no Einstein, ambos falam apenas inglês e a instituição se adaptou às novas necessidades. “Precisamos ver os desafios pelo seu lado positivo . Decidimos adaptar áreas do hospital para acolher dois profissionais que vieram do Afeganistão, foi necessário entender a nova cultura, preparar o time para recebê-los, lidar com as barreiras linguísticas e os resultados têm sido muito positivos”, conclui.
Os programas de inserção profissional representam uma oportunidade de inclusão e melhoria das chances de emprego para pessoas em situação de vulnerabilidade. Desde 2021, o Einstein já contratou 44 pessoas em situação de refúgio e imigrantes . No ano passado, a organização formou a primeira turma de capacitação em ciência de Dados para refugiados, em parceria com a Toti Diversidade. Dos 26 alunos que concluíram o curso, 15 foram empregados, sendo 12 pelo Einstein e 3 em outras organizações.
De acordo com dados da ACNUR, Agência da ONU para refugiados, a crise humanitária no Afeganistão vem se agravando desde 2021, com consequências graves para os direitos humanos. Cerca de 3,5 milhões de pessoas estão deslocadas dentro do país. Desde 2022, o Brasil já autorizou a emissão de 6,3 mil vistos humanitários para pessoas de nacionalidade afegã.
“Ao se estabelecerem no Brasil, pessoas em situação de refúgio e imigrantes, podem ter acesso a serviços públicos de saúde, educação e presença no mercado de trabalho. Daí a importância de contribuirmos com ações para reduzir as barreiras que dificultam esses indivíduos a se estabelecerem no país”, conclui Miriam.
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