“Deixei as ruas e consegui comprar meu apartamento”: como o entretenimento adulto digital transforma a vida de mulheres trans

“Deixei as ruas e consegui comprar meu apartamento”: como o entretenimento adulto digital transforma a vida de mulheres trans

Cammodels trans superam preconceitos, conquistam autonomia financeira e encontram segurança e dignidade no mercado de entretenimento digital

São Paulo, março de 2025 – O Brasil, pelo 17º ano consecutivo, segue sendo o país que lidera os casos de mortalidade trans no mundo, segundo o dossiê Registro Nacional de Mortes de Pessoas Trans no Brasil em 2024. Apesar de uma queda de 14 casos em relação a 2023, ainda foram registradas 105 mortes no último ano. Esses dados alarmantes refletem as dificuldades que a população trans enfrenta diariamente, desde a violência física até o preconceito estrutural que limita oportunidades de emprego e acesso a direitos básicos.

 

Nesse cenário, a história de Sabrina surge como um exemplo de superação e transformação. Aos 32 anos, ela encontrou no camming, trabalho como cammodel em plataformas digitais como o Camera Prive, pioneira no Brasil e líder na América Latina, uma alternativa não apenas de sobrevivência, mas de conquista pessoal e financeira.
Antes de ingressar no camming, Sabrina trabalhava como operadora de telemarketing, enfrentando desafios não só financeiros, mas também emocionais. “Era uma rotina exaustiva e cheia de julgamentos. Sempre sentia que não era um lugar onde eu poderia ser eu mesma. Além disso, o salário mal dava para cobrir as contas básicas, quanto mais realizar meus sonhos”, relembra.

 

A transição para o Camera Prive foi motivada por um amigo que já atuava no setor. A possibilidade de trabalhar de casa, longe das ruas e dos riscos de violência, foi determinante para sua escolha. “O camming me deu a segurança que eu nunca tinha tido. Muitas mulheres trans acabam se expondo nas ruas por falta de opções, mas eu consegui mudar minha realidade”, afirma Sabrina.

Antes de ingressar no camming, Sabrina trabalhava como operadora de telemarketing, enfrentando desafios não só financeiros, mas também emocionais. Divulgação: Arquivo Pessoal
O trabalho como cammodel não apenas garantiu a ela estabilidade financeira, mas também impulsionou sua autoestima e senso de pertencimento. Com os recursos obtidos, Sabrina acessou serviços médicos e estéticos que refletiram sua identidade de gênero, além de investir em educação, moda e lazer. Porém, sua maior vitória foi a compra de um apartamento no centro de São Paulo, um marco pessoal e simbólico em sua trajetória.
“Foi um momento indescritível. Eu batalhei muito para sair de uma situação de incerteza financeira e conquistar meu espaço. Ter minha própria casa não é só um teto, é um símbolo de tudo o que superei. É um espaço onde posso ser completamente eu, sem medo, sem julgamentos”, conta Sabrina.
Mesmo com as conquistas, Sabrina ainda enfrenta os ecos do preconceito, que já resultaram no afastamento de amigos próximos. Ainda assim, ela reforça que o camming foi uma ferramenta fundamental para sua independência. “A independência financeira mudou minha vida. Ela me deu a liberdade de escolher os ambientes e as pessoas que me fazem bem. É assim que enfrento o preconceito: mostrando que sou capaz de vencer”.

 

Para mulheres trans que estão considerando o camming, Sabrina oferece um conselho: “Converse com outras cammodels, especialmente trans. Compartilhar experiências e dicas pode fazer toda a diferença. Redes de apoio são essenciais para quem está começando”.
Assim como Sabrina, Rochielle Schawn, que também atua como cammodel no Camera Prive, revela a importância de ampliar o debate sobre as dificuldades enfrentadas por pessoas trans no Brasil e, ao mesmo tempo, mostra que alternativas como o camming podem ser caminhos para segurança, autonomia e dignidade. “Trabalhar no mundo virtual não foi fácil no início, mas com dedicação e paciência, consegui construir minha estabilidade. Estudei, aprendi com os erros e entendi que investir em materiais e presença na plataforma faz toda a diferença. Ser cammodel exige atenção, mas também proporciona independência e segurança. Algumas pessoas ainda têm preconceito por ser um trabalho ligado à sexualidade, mas para mim, o mais importante é ter controle sobre minha própria jornada. Sensualidade não é vulgaridade – meu corpo, minhas regras”, afirma.

Rochielle atua a mais de 3 anos como cammodel no Camera Prive. Divulgação: Arquivo Pessoal
Sobre o Camera Prive

Camera Prive é uma plataforma pioneira de camming no Brasil e líder na América Latina, fundada em 2013, dedicada a oferecer um espaço seguro, interativo e inovador para o entretenimento adulto. Comprometida com a valorização e a profissionalização do setor, a plataforma conecta cammodels e usuários de forma segura, promovendo a privacidade, a autonomia financeira e o respeito a todos os envolvidos. Com tecnologia própria de transmissão, análise de fraude e suporte humanizado 24 horas, o Camera Prive proporciona uma experiência única e de alta qualidade para quem busca um ambiente online seguro, legal e inclusivo, que vai além do conteúdo erótico e valoriza a liberdade de expressão.

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