Criatividade, senso crítico e negociação: habilidades essenciais para o futuro são abordados por escolas e projetos educacionais
Habilidades como a capacidade de se adaptar bem às mudanças, saber trabalhar em grupo, resolver conflitos e problemas sob pressão, além de diversas outras atribuições sociais, emocionais e mentais ligadas à personalidade, quando desenvolvidas, são consideradas o “pacote ideal” para o profissional do futuro. E numa sociedade em pandemia, em que algumas distâncias físicas foram encurtadas, e outras emocionais foram criadas, como a necessidade de isolamento social, encorajar essas aptidões desde cedo se torna imprescindível.
Para estimular crianças a desenvolverem essas competências é que o programa Destination Imagination (DI) foi criado e organiza torneios que envolvem milhares de jovens em todos os países do mundo, a cada ano. O DI é uma organização educacional global, sem fins lucrativos, dedicada a inspirar a próxima geração a solucionar problemas e lidar com situações de forma criativa, a partir de uma série de desafios. O DI oferece experiências educacionais exclusivas em seis tipos de desafios, cada um com um foco primário: improvisação, artes, ciência, engenharia, desenho técnico ou serviço comunitário. Em Salvador, alunas da Pan American School of Bahia (PASB) já fazem parte desse projeto. “Os jovens formam times e contam com o apoio de um mentor, mas quais atividades desenvolverão, como solucionarão os desafios e até onde levam o trabalho dependerá inteiramente dos interesses e habilidades dos participantes. O foco é no processo e os times refletem sobre ele enquanto desenvolvem as soluções. É um aprendizado disfarçado de diversão”, explica Allison Gould, Diretora de Treinamento do DI no Brasil.
O grupo de alunas do quarto ano da PASB foi uma das equipes premiadas durante o torneio. As meninas de até 09 anos ficaram no 4º lugar, entre 63 finalistas das melhores escolas do mundo inteiro, e ganharam o prêmio Renaissance Award, entregue de forma bastante criteriosa, e até rara, às equipes que se superam e demonstram habilidades em diferentes âmbitos de forma extraordinária, como resolução de problemas complexos, flexibilidade cognitiva, gestão de pessoas, inovação e criatividade. “É a primeira vez que um time brasileiro fica entre os cinco finalistas mundiais no torneio e estamos muito orgulhosos. As meninas desenvolveram habilidades tecnológicas impelidas pela necessidade de resolver as atividades remotamente. Elas aprenderam sobre edição de vídeo, de imagem, sobre composição, características fundamentais hoje em dia”, conta Andreia Luz, mentora do grupo, que compartilhou registros deste processo no perfil @colorful_birds_di na rede social.
A mentora também explica que as competências demonstradas durante o processo tornam os jovens aptos não apenas a serem profissionais acima da média no mercado de trabalho, mas que os auxiliam a lidar com a interação com outros indivíduos. “Pude observar como o time amadureceu aptidões como o poder de argumentação e convencimento, resolução de conflitos, escuta atenta e negociação, que sem dúvida contribuirão para seus relacionamentos interpessoais, sobretudo num contexto de mundo pós pandemia”, explica. Além disso, para as famílias, a atividade representou um respiro em meio ao clima de lockdown da pandemia. “O DI acabou sendo a sua válvula de escape: o momento em que ela encontrava suas amigas, ainda que virtualmente, para criar, desenvolver e executar as soluções para os desafios. Posso afirmar com convicção que esta socialização contribuiu para manter o equilíbrio da saúde mental de minha filha”, conta Vivian Magalhães, mãe de Letícia, de 10 anos.
Jovens de todo o mundo podem participar do programa Destination Imagination (DI), não apenas como alunos, mas como educadores voluntários também, para orientar os participantes em seus desafios. Mais informações a respeito podem ser acessadas no site do DI Brasil (www.di.org.br/) e em suas redes sociais @dibrasiloficial.
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