Crateras provocadas pela exploração do Sal-gema afetam população de bairros de Maceió
Ruas de bairros de Maceió estão sofrendo com rachaduras e crateras em ruas, motivadas pela exploração do Sal-gema de uma das indústria da Brasken. O caso foi divulgado amplamente na midia
e vem ganhando contornos dramáticos, pois algumas áreas já está sendo evacuadas.
Cratera gigante
Segundo geólogos há a possibilidade de uma cratera gigante se abrir na superfície em uma área desabitada do bairro do Mutange, que fica numa região central da parte alta da cidade. Todas as ruas próximas foram fechadas, e o fluxo de pessoas no entorno está proibido, inclusive para técnicos.
A área que pode ser afetada fica ao lado da avenida mais movimentada da cidade, a Fernandes Lima; e vizinha a outros bairros residenciais que ainda estão ocupados. Há uma grande tensão porque um desabamento da mina teria consequências ainda imprevistas.
Plano de contingência e protestos
O medo do que vai ocorrer levou a prefeitura a aplicar o plano de contingência e retirar moradores dos dois bairros mais próximos: Flexal e Bom Parto.
Uma decisão judicial deu ordem para que se use a força, caso moradores das áreas de risco resistam em deixar suas casas.
Muitos moradores protestaram por serem retirados de casa no fim da noite, no bairro do Bom Parto. Vídeos mostram a polícia e a Defesa Civil conversando e tentando convencer eles a deixarem suas casas e irem para abrigos montados.
A situação foi parecida no bairro do Flexal, que ficou isolado econômica e socialmente e em que moradores já lutavam pela realocação, mas sem sucesso. Ontem, porém, tiveram de sair às pressas e à força.
A noite foi tensa para as pessoas que lá permaneceram. Eu tive que sair com minha família, mas não consegui dormir, recebendo relatos dos meus amigos que permaneceram lá.
Maurício Sarmento, morador e líder comunitário do Flexal
Maurício conta que já tram
que já tramita — ainda sem decisão — uma ação civil pública para realocação do bairro e retiradas dos moradores com direito a indenização, como ocorreu com pessoas de cinco bairros vizinhos.
É um absurdo que está acontecendo. Nós fomos forçados a sair de nossas casas ontem sem qualquer indenização. No mínimo, eles deveriam nos dar o aluguel social para podermos ir para uma casa, não para um abrigo. O que aconteceu lá não é algo provocado pela natureza, foi algo provocado pela Braskem. Queremos uma solução, afirma Maurício Sarmento
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