Consumo de carne de porco no Brasil bate recorde
Na mesa dos brasileiros, a inflação impõe muitas mudanças. Alguns alimentos tiveram que sair do cardápio e, em alguns casos, foram substituídos.
Ao comparar os preços, o apetite do consumidor pela carne suína aumenta, e muita gente não está comprando só de vez em quando, não.
Entre as carnes mais consumidas, a suína foi a única que ficou mais barata nos últimos 12 meses. Segundo dados do IBGE, o preço da carne de porco teve queda de 5,52%, enquanto a de boi subiu 7% e a de frango teve alta de mais de 20%.
“Nós tivemos um aumento da oferta e ao mesmo tempo um aumento do custo de produção, porque 80% do custo de produção do suíno é relacionado ao milho e ao farelo de soja, que foram insumos que aumentaram muito de preço nos últimos meses”, explica Iuri Machado, consultor de mercado da Associação Brasileira de Criadores de Suínos.
O brasileiro está comendo carne de porco como nunca. Em um ano, o consumo médio por pessoa bateu recorde: passou de 16,9 quilos para pouco mais de 18 quilos. Promoções em supermercados ajudam a explicar o crescimento do setor.
Até quando a gente compara com o frango, alguns cortes da carne de porco estão mais em conta. Em um supermercado, o quilo do pernil suíno, por exemplo, é quase 30% mais barato do que o quilo de filé de frango com pele e osso.
Além do preço atrativo, há quem goste mesmo é do sabor. Maria José adora uma bisteca de porco frita e diz que fica tão boa que não sobra nada. “Não sobra nem o ossinho.”