Como a arquitetura e o design podem impulsionar os resultados dos strip malls em cidades de médio porte

Da fachada à iluminação e climatização, o arquiteto Meng Tsai, especialista em design, informa como esses empreendimentos podem ter melhores resultados ao utilizar o design a seu favor; a ABMalls vê forte tendência de crescimento dos strip malls nos interiores do país

Vindo dos Estados Unidos, os strip malls, modelos de centros comerciais com foco em serviços e conveniência, têm se expandido no Brasil, especialmente nas cidades de médio porte. Esses empreendimentos oferecem uma alternativa mais acessível aos shoppings tradicionais, atendendo a uma demanda crescente por espaços de compra rápidos e práticos. Segundo o Censo dos Strip Malls, realizado pela ABMalls (Associação Brasileira de Strip Malls), o número de empreendimentos desse tipo tem crescido no Brasil, com 50% tendo até cinco anos de existência, 14% com dois anos de existência e, demonstrando a solidez do negócio, 79% com até dez anos.

Embora a maioria desses empreendimentos esteja localizada no Sudeste, representando 74% do total, segundo a ABMalls, há uma forte tendência de migração para o interior do país, motivada pelos altos custos de terrenos nas grandes cidades e pela busca por maior acessibilidade e competitividade.

“Os strip malls ganharam o público devido à sua dinâmica. Eles possuem uma fluidez e uma acessibilidade muito mais simples do que a dos shoppings centers. Não é necessário perder tempo buscando vagas. Com uma simples volta com o carro, o cliente tem uma ampla visibilidade das lojas e o movimento delas. Toda essa estrutura impulsionou a fama desse modelo de negócio. Repare então que toda essa fama é devido à experiência de consumo que os strip malls oferecem aos seus clientes”, comenta Meng Tsai, arquiteto e especialista em design de strip malls e centros comerciais de conveniência.

Segundo Tsai, para que o strip mall possua melhores resultados, ele deve ser projetado de uma maneira que favoreça a experiência dos seus usuários, desde os colaboradores até o cliente final. Para isso, a arquitetura é primordial.

Confira abaixo alguns pontos que Meng Tsai destaca para implementar uma arquitetura que beneficie a experiência do usuário no strip mall:

*Fachada Impactante*
Entre os aspectos mais importantes do design, a fachada se destaca. Tsai explica que ela precisa garantir alta visibilidade e atratividade, tornando o centro comercial facilmente reconhecível e acessível para os consumidores. Utilizar cores que reforcem a identidade visual da marca e que transmitam sentimentos agradáveis também é uma estratégia para atrair novos clientes e otimizar a experiência de consumo.

*Acessibilidade*
O layout do empreendimento deve ser planejado para otimizar o fluxo de carros, permitindo que os visitantes acessem todas as lojas de forma prática e rápida, sem congestionamentos. Quanto maior a visibilidade, melhor. Nesse sentido, a entrada e saída devem ser fáceis e dinâmicas, para que o consumidor fique à vontade e volte diversas vezes.

*Sociabilidade*
Tsai destaca também a importância da criação de espaços que favoreçam a interação e proporcionem conforto. O paisagismo, por exemplo, pode ser usado para criar uma atmosfera relaxante e agradável, incentivando os consumidores a passarem mais tempo no local. “O design deve ser pensado para promover o bem-estar e facilitar a experiência de compra”, explica o arquiteto.

*Localização*
Um fator fundamental ao sucesso do strip mall é a sua localização. Procure localizá-lo em locais que tenham um grande tráfego de pessoas. Procure sempre localizar o strip mall em locais que sejam movimentados, seja no centro da cidade ou até mesmo em rodovias. Quanto maior o fluxo de pessoas, melhores serão os resultados.