Claudia Cunha lança single inédito “Relógio do Fim”
A cantora Claudia Cunha lança nesta sexta-feira, 18 de novembro, nas plataformas digitais, a canção “Relógio do Fim”, composta especialmente para ela pela cantora e compositora Manuela Rodrigues. “Relógio do Fim” nasceu no período mais duro do isolamento durante a pandemia – a única canção composta por Manuela em todo o período – a partir de uma longa conversa que as duas amigas tiveram ao telefone, onde questões sobre fazer arte, cantar, seguir criando, retornar ou não aos palcos, ser mulher e envelhecer vieram à tona. Claudia caminhava então para os 50 anos (completados dia 14/11) e refletia sobre ser artista, mulher, encarar as mudanças no corpo, nos relógios biológico e temporal, representados também por um número que demarca uma transição e quase fronteira: “Eu conto daqui pro final ou daqui pra frente?”, se perguntou. A resposta veio no desejo de gravar esse presente-canção já que “a música é por onde seguirei “sangrando” e celebrando o Tempo e tudo que permanece fundamental para a artista que sou”, declara a artista.
E foi a música que uniu os caminhos de Claudia e Manuela há quase duas décadas. De lá pra cá, além das muitas parcerias na vida, nos palcos e numa irmandade bonita e sólida entre mulheres artistas que se admiram e se apoiam mutuamente, canções como ”Moça de Família”, “Cabe um Tanto”, “Bagagem” foram compostas especialmente por Manuela para voz da amiga intérprete. “Relógio do Fim” dá continuidade a essa produção espontânea e marca também o retorno de Claudia aos estúdios após 12 anos sem gravar. Para essa realização, Claudia convidou Manuela para assinar o arranjo e a direção musical e ambas assinaram a produção musical da faixa.
Ficha Técnica
Relógio do Fim (Manuela Rodrigues)
Voz: Claudia Cunha
Guitarra: Ian Cardoso
Teclados: Jelber Oliveira
Baixo: Alexandre Vieira
Bateria: Victor Brasil
Arranjo e Direção Musical: Manuela Rodrigues
Gravação: Pablo Moreno (Estúdio 12por8)
Mix e Master: André T
Arranjo e Direção Musical: Manuela Rodrigues
Gravação: Pablo Moreno (Estúdio 12por8)
Agradecimentos: Jelber Oliveira (colaboração musical), Luciano Salvador Bahia (gravação piano pré), Léo Brasileiro, Teatro do Sesi, Sandra Simões, músicos, intérpretes e mulheres cinquentonas como eu.
Relógio do Fim (Manuela Rodrigues)
Vejo que engordo e envelheço
Adoeço
Fujo dos meus sonhos mais antigos
Sigo humana dona do meu umbigo
Digo cedo demais pra parar de sangrar.
Solto meu instinto mais felino
Grito
Já não quero mais calar
Canto
Isso faço com afinco
Afino o que sinto
Deixo o corpo falar.
Morro mas não mudo de endereço
Vivo um presente durador
Sigo humana
Não sou de guardar rancor
Digo tarde demais pra pensar em parar.
Solto um sorriso amarelo
Pinto um futuro de outra cor
Canto
Isso faço com afinco
Afino o que sinto
Deixo um sopro de amor.
Meia hora, meio dia, almoço
Pandemônio, pandemia, poço
Bossa nova (rockinroll), cantoria, verso
Mais amor, mais poesia, sexo.
Mais sobre Claudia Cunha
Um das principais artistas da cena musical da Bahia, Claudia reside e desenvolve sua carreira musical em Salvador desde 1996, quando se transferiu de Belém do Pará – cidade de nascimento – para a Bahia. Cantora, compositora e formada em Música pela Universidade Federal da Bahia, seu canto e interpretações elogiadas têm sido levadas aos principais teatros e projetos artísticos da cidade e do Estado (Domingo no TCA, Festival de Lençóis, Música no Parque, Música no Porto, Conexão Vivo, FLICA, Circuito Cultural Banco do Brasil, MPB Petrobrás, Toque Brasileiro, Vozes do Brasil, etc), além de dividir o palco com artistas como Gilberto Gil, Moraes Moreira, João Bosco, Paulinho Boca, Leila Pinheiro, Geraldo Azevedo, Jussara Silveira, Roberto Mendes, Margareth Menezes e outros.
Seu primeiro CD “Responde à Roda” é resultado do Prêmio Braskem de Música e foi lançado nacionalmente pela gravadora Biscoito Fino (2009). Esse trabalho lhe rendeu indicação ao Prêmio da Música Brasileira 2010 como Melhor Cantora (Categoria Regional) e a circulação por várias capitais em projetos e espaços importantes do Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Belém, etc. Produzido pelo violonista e compositor mineiro Sérgio Santos, o álbum conta com nomes importantes da música brasileira como Zé Renato, Swami Jr, Roberto Mendes, André Mehmari, Ramiro Musotto, Toninho Ferraguti, e canções de nomes como Tom Zé, Egberto Gismonti, Rodolfo Stroeter, Joyce, além da própria Cláudia, que se revela compositora de mão cheia.
Sua atuação como intérprete e compositora lhe rendeu outras premiações importantes da área musical da Bahia como Troféu Caymmi (2006) e Festival de Música Educadora FM 2012 e 2007 (todos como Melhor Intérprete). Em 2014, Cláudia participou ativamente das celebrações em homenagem ao centenário de CAYMMI com o show “Caymmi é 100”; como cantora e atriz do musical “Caymmi: do rádio para o mundo”, e como integrante da comissão julgadora do Prêmio Caymmi de Música. Tem estado em cartaz com os shows “Solar”, dedicado ao repertório de Gal Costa e dirigido por Jackson Costa; “Três por Acaso”, ao lado de Capinan e Gereba; o espetáculo “Duas&Dois” ao lado de Ana Mametto, Alexandre Leão e Yacoce Simões (com direção de Andrezão Simões) e “Ensaio Aberto” ao lado de Alexandre Leão, Moreno Veloso e Marco Lobo.
Em 2016 esteve na Cidade do México realizando dois shows em celebração ao Centenário do Samba. Em 2017, ano de comemoração dos 50 anos do Tropicalismo, ao lado de Alexandre Leão e Moreno Veloso, abriu a programação do Carnaval do Pelô recebendo como convidados Gilberto Gil, Caetano Veloso e Capinan. Como parte das comemorações dos 50 anos de Tropicália, cantou no palco principal do TCA com o Sarau do João e na edição do Conversas Plugadas com a escritora e pesquisadora Ana de Oliveira. Há doze anos participa ativamente da programação de carnaval com o coletivo “Três na Folia” ao lado de Manuela Rodrigues e Sandra Simões.
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