Carla Zambelli é ré pelo STF
Nunes Marques e Mendonça votam contra, mas STF torna Zambelli ré por 9 a 2. Os ministros Nunes Marques e André Mendonça, indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao STF, foram os únicos a divergir de uma decisão do tribunal, da última sexta (18), que abriu um processo criminal contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-DF).
Eles argumentaram que o caso deveria tramitar na Justiça de São Paulo, e não no Supremo, já que a perseguição armada não teria relação com a atividade parlamentar de Zambelli.
Zambelli foi acusada de constrangimento ilegal e porte ilegal de arma de fogo. Ela é atiradora registrada, mas descumpriu uma proibição de porte de arma às vésperas das eleições, determinada pelo TSE.
Aliada do ex-presidente Bolsonaro, Zambelli foi filmada apontando a arma para um homem negro. O caso ocorreu em outubro do ano passado, um dia antes do segundo turno das eleições, na esquina da rua Joaquim Eugênio de Lima com a Alameda Lorena, em São Paulo.
No vídeo, Zambelli atravessa a rua e entra em um bar com uma pistola empunhada. A parlamentar alegou que quis se defender após ter sido agredida e empurrada pelo homem, o jornalista Luan Araújo. Imagens do momento da confusão, no entanto, mostram que isso não aconteceu. A deputada, na verdade, caiu sozinha.