Brasileiro está consumindo mais energia elétrica

Brasileiro está consumindo mais energia elétrica


Consumo nas residências e pequenas empresas cresceu 2,5%, impulsionado pelas ondas de calor que atravessaram o país e intensificaram uso de ventiladores e ar-condicionado
No mercado livre, aquele em que consumidor pode escolher seu fornecedor de energia, avanço foi de 5,9%, puxado por setores como metalurgia, serviços e comércio

Em 2023, o Brasil consumiu 69.363 megawatts médios de energia elétrica, 3,7% a mais do que em 2022, segundo estudo da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE. As ondas de calor que atravessaram o país no segundo semestre e o bom desempenho de alguns setores da economia foram os principais fatores para o aumento.
No mercado regulado, em que os consumidores compram sua energia diretamente das distribuidoras, a alta foi de 2,5%. O uso mais intenso de eletrodomésticos como ventiladores e ar-condicionado alavancou a demanda, especialmente nos últimos meses do ano, quando as temperaturas bateram recorde em boa parte do país. A migração de consumidores para o ambiente livre também impactou os resultados.
Por sua vez, o mercado livre, no qual é possível escolher o fornecedor de energia e negociar condições de contrato, o consumo avançou 5,9% no comparativo anual. O crescimento reflete uma combinação da maior atividade em alguns setores produtivos, a chegada de novos entrantes no segmento e o impacto do calor em ramos como Comércio e Serviços, que também usaram mais os equipamentos de refrigeração.
Para Alexandre Ramos, presidente do Conselho de Administração da CCEE: “os dados de 2023 mostram um expressivo crescimento no consumo brasileiro em relação a 2022, o aumento da geração de energia renovável no País, além de uma ampliação do mercado livre de energia.

Consumo por ramo de atividade econômica
A CCEE acompanha o consumo em 15 setores da economia que compram energia elétrica no mercado livre. Os três que tiveram o maior avanço porcentual em 2023, na comparação com o ano anterior, foram saneamento (23,6%), comércio (16,8%) e serviços (14,5%).
O primeiro foi positivamente influenciado pela migração de empresas para o ambiente livre após a edição do novo marco legal do Saneamento Básico. Nos outros dois segmentos, a alta resulta da maior atividade em supermercados, shopping centers e outros estabelecimentos, além do uso mais intenso de ar-condicionado, devido às temperaturas elevadas. A indústria de Metalurgia e Produtos de Metal apresentou o maior crescimento em termos absolutos, com uma produção estimulada pelo mercado internacional.
Apenas três ramos reduziram seu consumo: veículos (-0,4%), têxteis (-1,3%), e químicos (-1,7%).

 

 

Consumo por região
Quase todos os estados registraram um consumo maior em 2023, em relação ao ano anterior. Destaque para o Maranhão (33,8%), Acre (11,2%) e Mato Grosso (9,6%), que registraram temperaturas acima da média histórica. Apenas dois estados reduziram o consumo: Rio Grande do Sul, com um leve declínio de 0,3%, e o Amapá, com redução de 1%, ambos influenciados por um volume maior de chuvas no período.

Sobre a CCEE
A CCEE é uma associação civil sem fins lucrativos responsável por tornar possível a compra e a venda de eletricidade no país e garantir que esse insumo essencial chegue à população e aos setores produtivos. Desde 1999, reúne geradores, distribuidores, comercializadores e consumidores em um único propósito: desenvolver mercados eficientes, inovadores e sustentáveis em benefício da sociedade. Em suas operações, que envolvem tanto o ambiente de contratação livre como o regulado, liquida anualmente mais de R$ 150 bilhões

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