Brasil perde escritora Lygia de Azeredo, poeta e mulher do autor Augusto de Campos, aos 92
Faleceu no domingo, 14, aos 92 anos, a poeta Lygia de Azeredo, companheira do escritor Augusto de Campos. Ela estava internada no hospital Samaritano, mas a família não confirmou a causa da morte. A notícia foi publicada nas redes sociais, por amigos e familiares. Lygia será enterrada no início da tarde desta segunda-feira, no Cemitério do Araçá após velório com amigos e familiares.
No perfil de Lygia em uma rede social, Augusto publicou “Lygia meu amor”, em legenda a um poema de Emily Dickinson sobre o incontrolável da vida.
A poeta era interlocutora e colaboradora das pesquisas do esposo, Augusto, e ambos fizeram de sua casa um ponto de recepção a poetas, artistas e interessados de diversas gerações.
Diversos dos seus poemas foram publicados em revistas como a “Zero à Esquerda”, na qual Lygia publicou Passos e Expassos (Galileu Edições), antologia organizada por Augusto e editada por Jardel Cavalcanti, em tiragem super limitada de apenas 50 exemplares.
Casa era ponto de encontro de escritores e filósofos
A doçura e perspicácia da poetisa estão descritas em relatos informais ou impressos de nomes como Caetano Veloso (em “Verdade Tropical”) ou o videasta Tadeu Jungle. Ela era figura ímpar e recebia seus convidados com esmero e elegância.
Lygia deixa seu marido, uma irmã e dois filhos.