Bolsonaro gastou dinheiro público pagando influenciadores para divulgar tratamento precoce para a Covid-19
Mais de R$1,3 milhão dos cofres do governo federal foram utilizados para pagar ações de marketing com influenciadores sobre a Covid-19. O valor foi investido pelo Ministério da Saúde e pela Secretaria de Comunicação (Secom) e inclui R$ 85,9 mil destinados ao cachê de 19 “famosos” contratados para divulgar estas campanhas em suas redes sociais.
Em janeiro deste ano, a Secom contratou quatro influenciadores, que receberam um montante de R$23 mil para falar sobre “atendimento precoce”. A verba saiu de um investimento total de R$19,9 milhões da campanha publicitária denominada ‘Cuidados Precoce COVID-19’.
A ex-BBB Flávia Viana recebeu, sozinha, R$11,5 mil, segundo os documentos obtidos.
No roteiro da ação, obtido pela Agência Pública através de um pedido via Lei de Acesso à Informação (LAI), a Secom orientava a ex-BBB Viana e os influenciadores João Zoli (747 mil seguidores), Jéssika Taynara (309 mil seguidores) e Pam Puertas (151 mil seguidores) a fazer um post no feed e seis stories – todos no Instagram – dizendo para os seguidores que, caso sentissem sintomas da Covid, era “importante que você procure imediatamente um médico e solicite um atendimento precoce”.
Viana, que fez o seu post em 14 de janeiro, enquanto Manaus vivia o auge do colapso na rede hospitalar, recebe quase 33 mil likes. Já Pam Puertas e Jessika Taynara fizeram seus posts nos dias 12 e 13 de janeiro, respectivamente, e a reportagem não encontrou no feed de João Zoli a postagem.
Campanha de combate a violência contra a mulher
As famosas influenciadoras receberam ao todo R$ 450 mil, por 55 stories em suas redes sociais. Vale ressaltar que as postagens nos stories duram apenas 24 hs. Foram contratadas 12, entre elas a mulher do cantor Gustavo Lima, Andressa Suita, Thais Versosa, esposa do cantor MiChel Teló, Flávia Pavanali, Mari Mari, Niina Secrets, Mariana Felicio, Shantal Verdalho, Juliana Goes, Fabíola Melo, Taciele Alcolea,