Avião cai em Portugal e mata quatro militares

Avião cai em Portugal e mata quatro militares

Vítimas da queda do helicóptero em Douro, Portugal

Um helicóptero do dispositivo de combate a incêndios caiu na sexta-feira, 30,  no rio Douro, em Peso da Régua, com seis ocupantes a bordo, o piloto e cinco militares da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPS) da GNR. O piloto foi resgatado com vida e os corpos de quatro militares da GNR. Um quinto continua desaparecido.

A aeronave fazia parte das operações de combate ao incêndio rural que lavra em Gestaçô, em Baião. O alerta foi dado pelas 12:36, segundo informou a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

Em comunicado, a Proteção Civil informou que o aparelho “sofreu um acidente, obrigando à amaragem do meio aéreo no rio douro, próximo da localidade de Samodães”. Foram mobilizados vários meios para o local, tendo o piloto sido resgatado com vida por uma embarcação de recreio nas imediações. A vítima foi avaliada por um equipa médica e não corre risco de vida, tendo sido transportado para o hospital de Vila Real.

De acordo com o último balanço das autoridades, realizado ao final da tarde de sexta-feira no local pelo Comandante Rui Silva Lampreia, quatro corpos foram localizados e retirados da aeronave.Um militar da GNR está ainda dado como desaparecido. Os primeiros dois corpos foram encontrados no interior do helicóptero e os outros dois estavam junto à cauda do aparelho, que se dividiu em dois no momento da queda.

Os cinco militares da GNR tinham entre 29 e 45 anos, disse à agência Lusa um porta-voz da GNR.

As operações de resgate, que decorrem a cerca de seis metros de profundidade, mantiveram-se até às 21:00, segundo informou o comandante.

Dezenas de operacionais estiveram no local, com equipas de mergulhadores e apoio de drones.

Decretado dia de luto nacional

Luís Montenegro deslocou-se ao local para acompanhar as operações. Em declarações aos jornalistas, o primeiro-ministro informou que será decretado dia de luto nacional no sábado. Enviou condolências às famílias das vítimas e salientou o trabalho das autoridades na resposta ao acidente. “Quero exprimir o nosso reconhecimento à forma como todas as autoridades envolvidas nas operações, prontamente, responderam à solicitação e ao alerta que foi emitido”, afirmou Luís Montenegro.

Durante a tarde, o primeiro-ministro entrou numa lancha para acompanhar as diligências nas águas do Douro. A ação de Montenegro motivou críticas de vários comentadores na imprensa e nas redes sociais, levando os jornalistas a questionarem diretamente o governante sobre o ocorrido. Em resposta, Luís Montenegro justificou-se dizendo que tinha de mostrar apreço pelo trabalho dos mergulhadores.

“Foi-me permitido estar pessoalmente com os mergulhadores, que estão a desempenhar uma missão muito perigosa, e mostrar-lhes o nosso apreço” explicou. “O rio Douro tem uma grande dificuldade de visibilidade, com operações de mergulho complexas e a minha obrigação é, enquanto representante do povo português, estar ao ao lado de quem desempenha essas funções”, acrescentou ainda.

Vítimas: 

Natural da região de Vila Real, em Trás-os-Montes, Luís Rebelo, piloto de 44 anos, foi a única pessoa resgatada esta sexta-feira por uma embarcação turística que navegava na zona do Rio Douro.

Os militares da GNR que estavam a bordo do helicóptero faziam parte da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPS), no Centro de Meios Aéreos de Armamar, distrito de Viseu, e tinham idades entre os 29 e os 45 anos.

António Jorge Teixeira Pinto, cabo que ingressou na GNR em 2010, estava a cumprir a sua última missão na UEPS e preparava-se para iniciar o curso de sargentos da instituição. O sonho do militar foi interrompido esta sexta-feira, quando o helicóptero em que seguia após uma missão se despenhou no Rio Douro, em Lamego.

Pedro Manuel de Jesus Santos, que entrou para a GNR em 2006, Fábio Gil Salvador Pereira, guarda desde 2012, e Daniel Filipe Monteiro Pereira, que ingressou em 2010, foram resgatados das águas do Douro, mas já não havia nada a fazer. Tiago Pereira é o militar que ainda permanece desaparecido.

“Estamos sem palavras…Hoje partiu um dos nossos… É com imensa tristeza que anunciamos a partida do nosso querido treinador Pedro Santos”, escreveu o Cracks Clube de Lamego numa nota de pesar pela partida do GNR que também desempenhava funções como treinador de futebol.

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