Avanços no diagnóstico e tratamento da Esclerose Múltipla proporcionam esperança aos pacientes
A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença neurológica crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, principalmente jovens e mulheres. No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, estima-se que cerca de 35 mil pessoas convivam com a doença. Caracterizada por sintomas oscilantes e recorrentes, a EM pode causar alterações neurológicas significativas, como problemas de visão, mobilidade, equilíbrio e controle da urina. No entanto, avanços recentes no diagnóstico e tratamento estão proporcionando esperança e melhor qualidade de vida aos pacientes.
O diagnóstico da Esclerose Múltipla pode ser desafiador, uma vez que os sintomas podem ser variados e se assemelham a outras condições neurológicas. No entanto, médicos especialistas têm utilizado uma abordagem multidisciplinar para identificar a doença. O neurologista da clínica IBIS, Eduardo Cardoso, explica que exames de ressonância magnética do encéfalo e da medula espinhal, além da análise do líquido cefalorraquidiano, têm auxiliado na confirmação do diagnóstico, juntamente com a avaliação dos sintomas e histórico médico do paciente.
“Felizmente, existem tratamentos disponíveis para a Esclerose Múltipla, com o objetivo de reduzir a intensidade dos surtos agudos e prolongar o intervalo entre eles. Essas terapias ajudam a espaçar os episódios de recorrência e minimizam o impacto negativo que a Esclerose Múltipla pode ter na vida dos pacientes. Os avanços no tratamento da Esclerose Múltipla têm sido tão significativos que muitos pacientes conseguem passar anos sem manifestar crises. Medicamentos biológicos, por exemplo, têm sido fundamentais nesse progresso, pois promovem uma renovação do sistema imunológico e reduzem a atividade inflamatória que desencadeia os surtos da doença”, afirma.
A pesquisa e a inovação contínuas no campo da neurologia estão trazendo esperança para aqueles que enfrentam essa condição, permitindo que eles enfrentem o futuro com otimismo. Embora a Esclerose Múltipla não seja necessariamente uma doença hereditária, há uma predisposição genética que influencia o sistema imunológico, combinada com fatores ambientais. “Infecções virais, baixa exposição ao sol e níveis baixos de vitamina D, tabagismo, obesidade e estresse são considerados gatilhos que podem desencadear a doença. Portanto, evitar esses fatores de risco é importante para reduzir a probabilidade de desenvolvimento”, explica o especialista.
Ainda que não haja cura, a conscientização sobre os sintomas iniciais e o diagnóstico precoce desempenham um papel crucial na gestão da doença. Ao identificar os primeiros sinais de alterações neurológicas, é fundamental buscar atendimento médico especializado para uma avaliação adequada. O diagnóstico precoce permite iniciar o tratamento mais cedo, reduzindo a duração dos sintomas e diminuindo as chances de complicações e incapacidades físicas a longo prazo. “A Esclerose Múltipla não precisa mais ser vista como uma sentença de incapacidade. Com diagnóstico correto e acesso a terapias adequadas, os pacientes podem viver uma vida plena e ativa”, conclui.
Eduardo Cardoso é neurologista na clínica IBIS – Salvador, pertencente ao Grupo CITA (Centros Integrados de Terapia Assistida), referência em tratamentos de doenças autoimunes no Brasil e está disponível para entrevistas sobre “Esclerose Múltipla”.
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