Atriz Priscila Fantin revela ter depressao

Atriz Priscila Fantin revela ter depressao

A atriz baiana de nascimento Priscila Fantin, celebra a alta audiência da reprise de “Alma Gêmea“, na Rede Globo e fala sobre a convivência com a depressão, doença diagnosticada há 8 anos. A TV pagou o tratamento por um tempo no Brasil, mas ela decidiu passar um período em Paris, se afastar daa telas, pois acreditava que a fama seria uma das causas da doença.

Atriz foi protagonista em Alma Gemea, onde interpretou a personagem Serena

Durante sua estadia na cidade luz, a atriz trabalhou como garçonete. “Tinha uma passagem para Paris que ia vencer e, então, eu fui para ver se lá eu me sentiria melhor. Mas não rolou. Era muito estranho o ambiente. Fiquei feliz que trabalhei como garçonete, foi muito legal. Eu tinha uma amiga que estava no Egito, então, eu deixava meu Skype ligado à noite para ter contato, porque eu estava com medo, não sabia o que ia acontecer comigo”, acrescentou.

“Estava muito pessimista com a vida, tentando entender tudo. Por que estamos aqui nesse mundo? Qual a função de cada um? Eu tinha esses questionamentos. Falando com minha mãe um dia, decidi voltar”.

Atividades profissionais

Alėm de atriz, Fantin é produtora executiva e palestrante. Em 2023, ela investiu como agente de carreira, cujo marido, o ator Bruno Lopes, é um dos seus agenciados. Ao lado dele, ela criou uma marca de roupas.

Sinais da doença

“Comecei a ter pânico, mania de perseguição, não conseguia pegar o elevador. Tinha medo do mundo. Parei para pensar e comecei a ter esses sintomas. Estava achando tudo estranho e falei: ‘Vou sair de onde me conhecem para ver se é isso. Se a fama, as pessoas, estão nesse lugar de me oprimir dessa forma”, disse ela em entrevista para o podcast Desculpa Alguma Coisa, transmitido no YouTube.

A depressão é crônica, não tem cura. A gente tem que ficar sempre cuidando mesmo. Eu lido com ela diariamente, eu lido com ela com atenção, com carinho, com paciência. Tem que entender, respeitar, entender os processos, entender que às vezes existem déficits químicos, fatores climáticos, hormonais, enfim, tem muitas coisas que influenciam. É uma doença muito complexa. A importância de falar sobre isso é que as pessoas que têm depressão não gostam de ter depressão. A gente não tem um raio-x, uma ressonância magnética para mostrar a dor que a gente sente ou o vazio que tem dentro da gente. Então, o que normalmente a gente tem é uma dor existencial. Não existe um exame que a gente mostre isso para as pessoas entenderem, então, é muito complicado a gente falar sobre a nossa doença. É importante dar as mãos – Priscila Fantin

Cotada para a continuação de “Eta Mundo Bom”, a atriz Priscila Fantin está em nova produção no cinema sobre o Nordeste, “Partiu América”. Palestrante motivacional, diz que “não pretende se tornar coach”, mas ressalta que a mente é fundamental para o equilíbrio: “Eu sempre disse que somos mais fortes do que a nossa mente”.

 

Carreira

Ainda nascida na Bahia, a brejeirice de Priscila Fantin vem toda de Belo Horizonte, cidade na qual foi criada e com a qual se identifica. A atriz fez todo tipo de papel na televisão – desde uma sofredora italiana em “Esperança” a uma paulistana fútil em “Sete Pecados“, mas dois  deles foram definitivos: A índia Serena de “Alma Gêmea” e a estudante Tati, de “Malhação”.Coincidentemente ou não os dois trabalhos voltaram ao ar praticamente juntos: “Alma” na Globo e “Malhação”, no Globoplay. A primeira, especialmente, tem uma audiência muito considerável, isola a Globo na liderança e puxa um índice muito bom para a novela que vem na sequência, “No Rancho Fundo“. Priscila, porém, não problematiza ver a si depois de tanto tempo: “Malhação” tem 25 anos e “Alma Gêmea“, quase 20 anos.

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