Amazônia Urbana: Museu de Arte Urbana de Belém começa a ganhar forma no Complexo Ver-o-Rio
começa a ganhar forma. Os artistas visuais iniciaram o trabalho de grafitagem nos cerca de 4 mil m2 de muros, fachadas e paredes de prédios no Complexo do Ver-o-Rio no último dia 05/09, Dia da Amazônia, e a previsão é a de que sigam as pinturas até dia 18/09. A inauguração do complexo de obras de grafite está prevista para 24 deste mês com um grande festival de música e gastronomia em Belém. A iniciativa é fruto de um projeto aprovado em 2021 com o objetivo de valorização e fortalecimento do movimento conhecido como Street Art – arte urbana, que vem ganhando força na cidade amazônica. O momento de execução do projeto, setembro de 2023, coincide com um momento de aquecimento do turismo local pelo fato da capital paraense ter sido escolhida como sede do maior evento sobre mudanças climáticas do mundo, a COP-30, em 2025. O resultado é uma visibilidade ainda maior para a Street Art e para as mensagens dos artistas.
O curador, William Baglione, explica que além da escolha dos artistas – por meio de edital público, incluindo convites para inscrições -, foi preciso um trabalho cuidadoso de observar a experiência, estilo e perfil de cada artista considerando os espaços disponíveis para pintura. Um exemplo é o maior painel, com impressionantes 22 metros de altura por 56 de largura, que está sendo pintado em um coolab de Thiago Nevs (SP), And Santos (PA) e Luís Jr (PA). “Existe um tipo de arte muito usado na Amazônia que é o abre-letras, aquelas tipografias usadas nos barcos. O Luís Jr é um dos maiores abridores de letras da região e tinha tido alguns contatos com o Thiago Nevs, artista paulistano renomado no grafite que, por vezes, utiliza caligrafia vernacular nos seus trabalhos. Os dois já haviam trocado conhecimentos e a gente sabia que era uma relação legal. De um lado, o Luís, chegando na Street Art, do outro, o Thiago, trazendo essa bagagem da arte urbana de São Paulo já com interesse e história nas tipografias”, explica Baglione. O coolab foi coroado com a presença de And Santos, um artista visual paraense que hoje possui estética realista e surrealista mas passou a maior parte de sua adolescência abrindo letras em canoas e barcos. Confira abaixo algumas imagens do processo deste paredão: |