Aldeia Igalha ganha mudas de essências florestais
Foi com alegria que o pré-candidato a deputado federal (PCdoB), Wenceslau Júnior, recebeu a notícia sobre a doação de 7 mil mudas de essências florestais nativas da Mata Atlântica e variedades frutíferas para a comunidade indígena da Aldeia Igalha, em Olivença feita pela empresa Bahiagás. “Vai contribuir para a recomposição da mata ciliar e nascente do Rio Tororomba, além de beneficiar a Comunidade, comemorou.
As mudas serão produzidas pela Biofábrica, a partir de um convênio assinado no último dia 15/07 com a empresa distribuidora de gás natural. Infelizmente, por causa da legislação eleitoral, o pré-candidato não pôde participar da solenidade, mas participou da construção do arranjo com a Associação Indígena Tupinambá. “Me orgulho muito de ter participado desse processo, inicialmente na condição gerente jurídico e posteriormente, como assistente (chefe de gabinete) do diretor presidente. É nosso dever proteger a natureza das ações que provocam danos ao meio ambiente. A Mata Atlântica, o Rio Tororomba, os Tupinambás e o Meio Ambiente agradecem”, declarou.
Ele observou ainda que, foi no dia 17 de julho, data em que se comemora o Dia Internacional da Floresta que soube da assinatura do convênio. “Para nós, brasileiros, uma data como essa é de extrema relevância, visto que somos conhecidos mundialmente como o país das florestas. A Floresta Amazônica abriga um quinto da água potável disponível na terra, sendo a maior reserva genética e a maior floresta tropical do mundo, nada melhor que receber uma notícia maravilhosa como esta numa data tão significativa”, afirmou.
Sobre a Aldeia Tubinambá
Os Tupinambá de Olivença vivem na região de Mata Atlântica, no sul da Bahia. Sua área situa-se a 10 quilômetros ao norte da cidade de Ilhéus e se estende da costa marítima da vila de Olivença até a Serra das Trempes e a Serra do Padeiro.
A vila hoje conhecida como Olivença é o local onde, em 1680, foi fundado por missionários jesuítas um aldeamento indígena. Desde então, os Tupinambá residem no território que circunda a vila, nas proximidades do curso de vários rios, entre os quais se destacam os rios Acuípe, Pixixica, Santaninha e Una.
Apesar da longa história de contato, a filiação ameríndia é fundamental para compreendermos a vida social dos Tupinambá de Olivença na atualidade. Não se trata de um resquício histórico remoto, mas de uma marca efetiva na organização social e modo de vida dos Tupinambá que hoje habitam a região. Entre outros aspectos, destaca-se sua organização em pequenos grupos familiares e certos gostos alimentares, como a preferência pela “giroba”, uma bebida fermentada produzida por eles.
Ainda que os Tupinambá de Olivença se considerem muitas vezes “caboclos” ou mesmo “índios civilizados”, isso nunca significou um abandono de sua condição indígena. O Estado retirou-lhes os direitos indígenas diferenciados a partir do fim do século 19, em função das visões restritivas que os órgãos oficiais tinham a respeito de quem era ou não indígena. Foi somente com a Constituição de 1988 que se criou abertura legislativa para que as solicitações dos Tupinambá de Olivença, e de outros povos, fossem ouvidas e pudessem ter respaldo.
Em 2001, os Tupinambá de Olivença foram reconhecidos oficialmente como indígenas pela Funai. A primeira fase de demarcação do seu território concluiu-se em abril de 2009 com a publicação do resumo do relatório de identificação e delimitação da Terra Indígena Tupinambá de Olivença.
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