Agricultura familiar do Baixo Sul recebe investimentos do Governo do Estado

Agricultura familiar do Baixo Sul recebe investimentos do Governo do Estado

Uma infinidade de produtos, desde os in natura, como hortaliças, frutas e verduras, até artesanatos, produção de polpas e outros itens processados nas agroindústrias, estão presentes no território Baixo Sul. Tudo isso graças aos investimentos de mais R$ 6 milhões do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), na qualificação da base de produção com assistência técnica e extensão rural (Ater), aquisição de máquinas e equipamentos e na evolução das fábricas e agroindústrias da agricultura familiar, nos 15 municípios da região.
 
No total, são 279 produtos certificados com o Selo de Identificação de Produtos da Agricultura Familiar (SIPAF) no Baixo Sul, como explica o gestor da Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater), Lanns Almeida. “Esse é um território muito pujante, com muita biodiversidade e que nós temos investido muito ao longo dos últimos anos. São mais de R$ 54 milhões somente do projeto Bahia Produtiva e R$ 60 milhões investidos em assistência técnica e extensão rural [Ater]. É o Governo do Estado que vem ampliando os investimentos na agricultura familiar aqui desse território”.
 
São muitas as histórias de sucesso. Na Associação dos Moradores e Produtores da Comunidade Remanescente de Quilombos Pedra Rasa, em Camamu, a produção do artesanato a partir da fibra da piaçava saiu do zero. “A gente nem imaginava que podia fazer alguma coisa com a fibra da piaçava. E hoje a gente tem bolsas, vassouras e outros produtos sendo vendidos em atacado e pela internet. Já dá para tirar, no mês, R$ 400 de renda para as mulheres”, comemora a artesã Leidiane Cardoso.
 
Na Associação de Desenvolvimento Sustentável do Baixo Sul (Adebasul), em Gandu, a diversificação de produtos veio a partir da unidade polivalente de beneficiamento de frutas recentemente inaugurada. Com investimentos de mais R$ 2 milhões, por meio do projeto Bahia Produtiva, a nova unidade foi requalificada e agora possui equipamentos como três câmaras-frias, que suportam uma capacidade instalada de 100 toneladas de polpas por dia.
 
O município de Gandu terá também um novo laticínio, com um investimento de R$ 720 mil. O presidente da Cooperativa dos Produtores de Leite da Região de Gandu (Coolerg), Afrorisval Almeida, destaca que as instalações foram construídas há mais de 20 anos e precisavam de uma revitalização como a proposta pelo Governo do Estado. “Agora, a gente vai poder ter um resultado altamente positivo porque a nossa produtividade vai aumentar e os associados ativos também”.
 
Mais investimentos
 
Outra organização produtiva que se desenvolveu foi a Cooperativa dos Agricultores Familiares do Baixo Sul (Coopafbasul), em Ituberá, que dispõe de um mix de produtos de 30 itens e tem como carro-chefe o Granulado Escuro Brasileiro (GEB). Destaque também para a Associação Beneficente de Pesca e Agricultura de Ituberá (ABPAGI), beneficiada pelo projeto Bahia Produtiva, que já investiu mais de R$ 2 milhões na implantação de uma unidade de Fabricação de Artesanato de Piaçava, com foco em biojoias e similares, além da aquisição de máquinas, equipamentos, um veículo utilitário e barracas padronizadas.
 
O recurso também foi destinado para uma fábrica de vassouras e turismo de base comunitária e o desenvolvimento da piscicultura, outro sistema produtivo estratégico no Baixo Sul. Com um portfólio de grande variedade de peças de artesanato, vassouras, pentes de piaçava e a confecção de biojoias, a ABPAGI vem proporcionando autonomia financeira a cerca de 150 associados e gerando emprego e renda para pelo menos 800 famílias.
 
Comercialização
 
Com barracas sinalizadas, limpas e em condições sanitárias favoráveis à comercialização dos produtos, foi inaugurado o Centro de Abastecimento de Taperoá. O Governo do Estado investiu R$ 272,9 mil, por meio SDR/CAR, na requalificação do centro, que trouxe o sorriso de volta aos agricultores e às agricultoras familiares do município. “A cobertura, o calçamento, as condições de trabalho e, principalmente, a higiene melhoraram muito. A gente espera que as vendas melhorem também”, afirma o agricultor Valmir do Tempero Verde.
 
Em Valença, um convênio do projeto Bahia Produtiva, no valor de R$ 539 mil, foi assinado com a Associação dos Pequenos Produtores e Agricultores Familiares do Vale do Piau e beneficiará 49 famílias, a maioria chefiada por mulheres. Os recursos serão aplicados para o fortalecimento das atividades do sistema produtivo da mandiocultura na comunidade, com a aquisição de equipamentos e insumos agrícolas.
 

Já as 102 mulheres da Cooperativa Feminina da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Coomafes), também sediada em Valença, se preparam para a implantação de quintais produtivos, com o objetivo de fortalecer ainda mais a produção local e a feira agroecológica, que acontece todas às sextas-feiras, no pátio do Serviço Territorial de Apoio à Agricultura Familiar (Setaf). “A gente está muito feliz com a chegada dos equipamentos e a nossa expectativa é muito boa para potencializar a nossa feira e aumentar a nossa clientela”, ressalta a presidente da Coomafes, Maria Joselita Santos, conhecida como Branca.

 

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