Advogada e cliente são ameaçados e agredidos por diretor da Amália em Salvador
Na tentativa de realizar mais um acordo trabalhista rotineiro, a advogada Yasmin Oliveira foi surpreendida com atitude agressiva do diretor da empresa Carlos Nunes. A profissional o acusa de cárcere privado e agressões e ameaças de morte.
Tudo aconteceu na última quinta-feira, 10, ao comparecer na fábrica da empresa, localizada no bairro de Portão, em Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador. A advogado representava o ex-funcionário da Amália Rafael Batista. Ao chegar no local, os dois foram colocados em uma sala, sem acesso a porta e câmeras monitoramento. “Lá fomos espancados e ameaçados de morte pelo mesmo, e só conseguimos sair após escolta policial”, relata a advogada que fez o registro da ocorrência na 34ª Delegacia Territorial (DT/Portão).
A 52ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) foi chamada e acompanhou advogado e cliente à delegacia.
Rafael Batista compartilhou o caso em suas redes sociais. Em um vídeo publicado no Instagram, ele relata que abriu mão de diversos direitos trabalhistas e se sujeitou a inúmeras situações de assédio.
“Trabalhei cerca de 1 ano numa empresa onde me dediquei arduamente. Dava pra ver pelas postagens e publicações que fiz por aqui como eu me dedicava. Abri mão de inúmeros direitos trabalhistas e fui me sujeitando a diversas situações de assédio, algumas sutis e outras nem tanto, decidi que ia parar com aquele processo de adoecimento e fui em busca do fim dessa relação tóxica de trabalho”, conta Rafael que acusou a Amávia Cosméticos de não realizar pagamentos de benefícios como hora extra.
“Sofri violência física, agressão, muitos murros do sócio-diretor e fundador da empresa em que trabalhava enquanto tentava um acordo trabalhista. Sofri diversas agressões, xingamentos, murros na cabeça e braços, me defendi em posição fetal, ao chão, sem entender o que acontecia. Eu apanhei porque fui atrás dos meus direitos trabalhistas. Ele agrediu minha advogada no rosto com um murro”, afirma o jovem.
Repercussão
A ex vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil seção Bahia (OAB-BA), Ana Patrícia Dantas, que concorreu à presidência do órgão, repudiou a situação em suas redes sociais.
“Vamos juntos em mais essa luta e, desde já, exigimos o afastamento do agressor Carlos Nunes, porque se séria for a Amávia Cosméticos, essa há de ser a sua primeira, embora tardia, ação. Uma empresa que vende o sonho da valorização feminina não pode pactuar, nem silenciar com tamanha violência contra mulher”, escreveu a advogada.
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