A cada dia 145 mulheres são internadas para tratar de varizes, aponta estudo

A cada dia 145 mulheres são internadas para tratar de varizes, aponta estudo

Varizes não são apenas um problema estético, como muitos podem pensar. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que 180 mil brasileiros são diagnosticados por ano com o problema As mulheres são as maiores vítimas. Dados da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular indicam que, por dia, 145 mulheres foram internadas para tratar do problema de saúde no ano passado.

Diariamente, o número também é preocupante; isso ocorre porque a cada 6 horas, uma mulher é submetida a uma cirurgia. Mas, o que muitos não sabem é que com os diversos avanços tecnológicos na área, as cirurgias são cada vez menos necessárias.

As varizes são veias dilatadas e tortuosas, que existem em locais onde não deveriam existir, mais comumente encontradas nas pernas. Representam um problema de saúde muito frequente na população e por isso aparentemente pouco grave, porém além de causarem dores e inchaço nos membros, podem causar ferimentos na pele e até aumentar o risco de uma trombose.

Segundo a cirurgiã vascular Giulianna Chiachio, é necessário avaliar cada caso. “Antigamente, tínhamos a ideia de que somente a cirurgia resolveria, mas atualmente já conseguimos realizar muitos tratamentos em consultórios. No entanto, precisamos avaliar o paciente individualmente e, a partir daí, definir qual será a melhor estratégia.” Apesar disso, ela comenta que as cirurgias ainda são muito presentes

Outras formas de lidar com as varizes

Conforme a médica, a forma de tratar as varizes é determinada pelo calibre da veia e sua profundidade, além de avaliar os sintomas e ainda ser necessário verificar se o paciente apresenta alguma alteração na circulação por meio da ultrassonografia vascular com Doppler, que é feita no momento da consulta.

Com as informações em mãos, o médico pode optar pelos tratamentos de varizes e vasinhos, que podem ser realizados em consultório, tais como a escleroterapia simples e a crioescleroterapia. “Utilizamos um agente esclerosante e injetamos no vaso, o que leva à sua oclusão. Assim, realizamos uma esclerose química”, explica ela. Segundo a médica, esses são alguns dos procedimentos mais conhecidos entre os pacientes que buscam tratamento.

Outro método bastante popular é a escleroterapia com espuma. “A espuma consiste em uma mistura de ar com um agente esclerosante, o polidocanol. Fazemos a mistura e a injetamos em veias de maior calibre.” Ainda no consultório, Giulianna explica que uma das possibilidades é a utilização de laser transdérmico. “Muito versátil e moderno, o laser nos permite tratar tanto os vasinhos mais finos que incomodam esteticamente, quanto veias de maior calibre que podem estar comprometendo a circulação”.

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