Com casa cheia, Banjo Novo realiza última edição do ano e anuncia presença na Lavagem do Bonfim
Desde sua criação, o projeto já reuniu aproximadamente 50 mil Banjeiros em seus encontros, que passaram por 10 bairros de Salvador
Crédito| @workvisuals @ihr.pics
Em uma noite vibrante de celebração, o Banjo Novo realizou, no dia 20, a sua última edição de 2024, reunindo cerca de dois mil admiradores do projeto no pátio do Convento do Desterro, em Nazaré. O Movimento, é considerado uma ferramenta poderosa de reafirmação da ancestralidade e representatividade musical afro-brasileira em Salvador, e também, é marcado por reavivar a conexão emocional e cultural entre gerações. Capturando a essência de uma tradição que pulsa nas veias da capital baiana, em sua 21ª edição, contou com a participação da banda Junior Nu Balançu e de convidados como o cantor e compositor Nelson Rufino, Jorge Bafafé, Pierrinho e Caboquinho, cantor do Grupo Movimento. Em 2025, o projeto inicia o ano com o pé direito, em edição especial na Lavagem do Bonfim, no dia 16 de janeiro, no Jardim da Casa Pia. As vendas já estão abertas na plataforma Ingresso Simples.
Nelson Rufino| Crédito @workvisuals @ihr.pics
O Banjo Novo se destaca por seu formato inovador e intimista, focando em um samba mais acústico, onde a percussão e o banjo — instrumento criado especialmente para o samba de rua — ocupam o centro da roda de samba. Realizado tradicionalmente às sextas-feiras, o projeto que já reuniu cerca de 50 mil participantes ao longo do ano, acontece mensalmente ou conforme a demanda das festividades locais, tornou-se um ritual onde o samba, que traz a vela como uma das protagonistas, só acaba quando a chama se apaga.
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Idealizado por Igor Reis, conhecido como Negralha, e Samora Lopes, o Banjo Novo nasceu de encontros casuais no bairro de Trobogy, mas rapidamente evoluiu para um movimento cultural de grande impacto. A iniciativa se apresenta em três formatos distintos: o evento principal, que acomoda um número maior de participantes; o Banjinho, encontros mais íntimos que resgatam a essência dos primeiros eventos; e o Banjo de Rua, que oferece uma experiência gratuita e acessível, atraindo novos públicos ao projeto.
Vestidos de branco, em respeito às tradições de matrizes africanas, os Banjeiros – pessoas adeptas ao Movimento – se entregam ao ritmo contagiante que já ecoou por dez bairros de Salvador, como Trobogy, Dois de Julho, Liberdade, Stella Maris, Itaigara, Pituaçu, Pelourinho, Barra e Santo Antônio Além do Carmo. A cada edição, o evento reúne músicos locais e defensores da cultura, unidos pela paixão de preservar o rico patrimônio musical da Bahia. Entre os nomes que já participaram estão Pierre Onassis, Buja Ferreira, Alinne Rosa, Lucas di Fiori, Memeu, Pagode do Thiago, Patrícia Gomes, Noelson do Cavaco, Arlidinho, entre outros.
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