MORRE PATRICE LEGUÉREAU, DIRETOR DE JOALHERIA DA CHANEL, AOS 53 ANOS
Morreu em Paris, o diretor de arte da joalheria Chanel, Patrice Leguéreau, dia 12 de novembro, aos 53 anos. A causa da morte não foi divulgada.
Patrice era dono de um “talento excepcional e sede insaciável em ultrapassar barreiras”, que o levaram a “abrir novos capítulos na história da alta joalheria da Chanel. Aqueles que foram sortudos em trabalhar ao lado dele o lembram como um homem profundamente sensível, humilde e acessível, motivado por um forte senso de comunidade”. Ele deixa três filhos.
Formado pela École Boulle de Design, em Paris, onde se especializou na gravação de pedras preciosas, Patrice também estudou no Instituto Nacional de Gemologia antes de ir parar na Cartier. Ficou lá por seis anos e seguiu caminho para a Van Cleef & Arpels, onde trabalhou ao longo de onze anos até se instalar na Chanel, em fevereiro de 2009. Fez verdadeiras revoluções por lá, ressignificando códigos icônicos da maison, cuja primeira coleção de alta joalheria, ‘Bijoux de Diamants’, surgiu ainda em 1932.
Leguéreau virou manchete ao criar uma das joias mais icônicas da história, do tipo que teria feito Maria Antonieta desmaiar: um colar inspirado no frasco do perfume noº 5, com 145 diamantes, incluindo um central com 55.55 quilates. Tão poético que, ao invés de ir parar nos cofres de alguma cliente, entrou para os arquivos patrimoniais da marca
Um artista antes de tudo, era conhecido por rabiscar e pintar suas inspirações em telas antes de começar a trabalhar com as pedras. Foi assim, por exemplo, na coleção Tweed do ano passado, em que suas joias foram expostas na Place Vendôme ao lado de cinco pinturas expressivas de temas clássicos da Chanel. Poucos dias depois, visitei o apartamento da próprio Coco, na rue Cambon, e comparei, nas páginas de BAZAAR, a decoração da estilista com a criatividade do joalheiro.
o designer também foi o responsável por lançar, em 2015, a linha de joias COCO CRUSH, que desembarcou no Brasil ano passado.
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