Polícia diz que banco criado pelo PCC financiou campanhas políticas em SP, segundo site
Um ‘banco do crime’ e mais 19 empresas foram utilizados em um esquema criminoso que movimentou mais de R$ 8 bilhões em Mogi das Cruzes (São Paulo) para bancar candidaturas políticas em São Paulo. A investigação da Polícia Civil da cidade da Região Metropolitana da capital foi revelada pelo portal UOL neste domingo, 1º.
De acordo com a reportagem, durante a investigação, a polícia descobriu ligação com um banco, que teria sido criado por integrantes do grupo criminoso PCC para financiar campanhas eleitorais, entre elas candidatos de Mogi das Cruzes, Ubatuba e Santo André.
A operação começou com uma investigação por tráfico de drogas e acabou no bloqueio de bens e valores financeiros. A cidade de Mogi das Cruzes é considerada chave pelo criminosos para tentar ganhar poder na política local. O município está localizado há 57 km da capital.
O esquema seria comandado por Fabiana Lopes Manzini, que é esposa de Andersom Manzini, antigo integrante do PCC e preso desde 2002. Ela estava no comando de negócios ilícitos do trafico e contava com as orientações de João Gabriel de Mello Yamawaki, primo do marido, para decidir sobre quais candidatos receberiam verba do esquema.
O banco para lavar o dinheiro, uma espécie de fintech, foi aberto por Yamawaki. A reportagem revelou que a polícia aponta que ele já tinha experiência em trabalhar com finanças e política. A instituição financeira oferece serviços para pessoas físicas.
A polícia chegou a 32 investigados, sendo seis com relações diretas ao banco da facção. “O PCC tem demonstrado interesse em se infiltrar em Ubatuba. Com maior presença da polícia no porto de Santos, o crime organizado tem migrado suas atividades para São Sebastião, dada a proximidade com o Porto de Itaguaí, no Rio de Janeiro, e pelo fato de ter aeroporto próprio”, declarou Fabrício Intelizano, delegado da Polícia Civil de Mogi das Cruzes.
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