Boeing divulga os resultados para o segundo trimestre
Segundo trimestre de 2024
– Plano abrangente de segurança e qualidade foi enviado à Administração Federal de Aviação
– Anúncio do acordo para adquirir a Spirit AeroSystems foi realizado em julho. A transação deve ser concluída em meados de 2025
– Receita de US$ 16,9 bilhões registrada, com prejuízo GAAP por ação de (US$ 2,33) e prejuízo principal (não GAAP)* por ação de (US$ 2,90)
– Fluxo de caixa operacional de (US$ 3,9) bilhões e fluxo de caixa livre de (US$ 4,3) bilhões (não GAAP)*
– A carteira de pedidos total da empresa foi de US$ 516 bilhões, incluindo mais de 5.400 aviões comerciais
|
ARLINGTON, Virgínia, 31 de julho de 2024 — A Boeing registrou receita de US$ 16,9 bilhões no segundo trimestre, prejuízo GAAP por ação de US$ 2,33 e prejuízo principal por ação (não GAAP)* de US$ 2,90 (Tabela 1). O fluxo de caixa operacional foi de US$ 3,9 bilhões e o fluxo de caixa livre, de US$ 4,3 bilhões (não GAAP)*. Os resultados refletem principalmente um volume menor na entrega comercial e perdas em programas de desenvolvimento de defesa de preço fixo.
“Apesar de um trimestre desafiador, estamos fazendo um progresso substancial no fortalecimento de nosso sistema de gestão de qualidade e preparando nossa empresa para o futuro”, disse Dave Calhoun, presidente e CEO da Boeing. “Estamos executando nosso plano abrangente de segurança e qualidade e chegamos a um acordo para adquirir a Spirit AeroSystems. Embora tenhamos mais trabalho pela frente, as medidas que estamos tomando vão ajudar a estabilizar nossas operações e garantir que a Boeing seja a empresa que o mundo precisa que ela seja. Estamos fazendo um progresso importante em nossa recuperação e continuaremos a gerar confiança por meio de ações e transparência.”
|
O fluxo de caixa operacional foi de (US$ 3,9) bilhões no trimestre, refletindo um redução nas entregas comerciais, bem como um momento desfavorável de capital de giro (Tabela 2).
|
O caixa e os investimentos em títulos negociáveis totalizaram US$ 12,6 bilhões, em comparação com US$ 7,5 bilhões no início do trimestre, impulsionados pela emissão de US$ 10,0 bilhões de nova dívida parcialmente compensada pelo uso do fluxo de caixa livre no trimestre (Tabela 3). A dívida foi de US$ 57,9 bilhões, um aumento em relação a US$ 47,9 bilhões no início do trimestre devido à emissão de nova dívida. A empresa tem acesso a linhas de crédito de US$ 10 bilhões, que permanecem não sacadas.
A carteira de pedidos total da empresa no final do trimestre foi de US$ 516 bilhões.
Resultados por segmento
Aviões Comerciais
|
A receita do segmento de aviões comerciais para o segundo trimestre de US$ 6,0 bilhões e a margem operacional de (11,9%) refletem principalmente entregas menores e custos planejados mais altos para o período, incluindo pesquisa e desenvolvimento (Tabela 4).
Durante o trimestre, a empresa enviou seu plano abrangente de segurança e qualidade à Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês). O programa 737 aumentou gradualmente a produção durante o trimestre e ainda planeja aumentar a produção para 38 unidades por mês até o final do ano. O programa 787 mantém planos de retornar para 5 unidades por mês até o final do ano. Em julho, a empresa anunciou um acordo para adquirir a Spirit AeroSystems, e o programa 777X iniciou os testes de voo de certificação da FAA após obter autorização de inspeção de tipo.
O segmento entregou 92 aviões durante o trimestre e a carteira de pedidos incluiu mais de 5.400 aviões avaliados em US$ 437 bilhões.
Defesa, Espaço e Segurança
|
A receita para o segundo trimestre de Defesa, Espaço e Segurança foi de US$ 6,0 bilhões. A margem operacional para o segundo trimestre de (15,2 %) reflete principalmente US$ 1 bilhão em perdas em certos programas de desenvolvimento de preço fixo, incluindo um prejuízo US$ 391 milhões no programa KC-46A, em grande parte motivada por uma desaceleração da produção comercial e restrições da cadeia de suprimentos. As perdas registradas nos programas T-7A, VC-25B e Commercial Crew refletem custos estimados mais altos de engenharia e fabricação, bem como desafios técnicos.
Durante o trimestre, o segmento conquistou um contrato para sete helicópteros MH-139A da Força Aérea dos EUA e entregou o primeiro CH-47F Block II Chinook ao Exército dos EUA. A carteira de pedidos de Defesa, Espaço e Segurança foi de US$ 59 bilhões, dos quais 31% representam pedidos de clientes fora dos EUA.
Serviços Globais
|
A receita para o segundo trimestre de Serviços Globais de US$ 4,9 bilhões e a margem operacional de 17,8% refletem volume comercial e mix mais altos.
Durante o trimestre, o segmento garantiu um contrato de logística baseado em desempenho para o Apache do Exército dos EUA e conquistou contratos de serviço FliteDeck Pro com a Hainan Airlines e a Ryanair.
Informações Financeiras Adicionais
|
Outros itens não alocados e eliminações incluem um encargo de lucros de US$ 244 milhões que reflete uma multa que seria paga ao Departamento de Justiça dos EUA de acordo com um acordo que foi recentemente protocolado no tribunal distrital federal, se o acordo for aprovado.
Divulgações de medidas não GAAP
Complementamos o relato de nossas informações financeiras determinadas de acordo com os Princípios Contábeis Geralmente Aceitos nos Estados Unidos da América (GAAP) com certas informações financeiras não GAAP. As informações financeiras não GAAP apresentadas excluem certos itens significativos que podem não ser indicativos ou não relacionados aos resultados de nossas operações comerciais em andamento. Acreditamos que essas medidas não GAAP fornecem aos investidores uma visão adicional sobre o desempenho contínuo dos negócios da empresa. Essas medidas não GAAP não devem ser consideradas isoladamente ou como um substituto para as medidas GAAP relacionadas e outras empresas podem definir tais medidas de forma diferente. Incentivamos os investidores a analisar nossas demonstrações financeiras e relatórios arquivados publicamente na íntegra e não confiar em nenhuma medida financeira única. As seguintes definições são fornecidas:
Lucro operacional principal, margem operacional principal e lucro principal por ação
O lucro operacional principal é definido como o lucro GAAP das operações, excluindo o ajuste de custo de serviço FAS/CAS. O ajuste do custo do serviço FAS/CAS representa a diferença entre a pensão dos Padrões de Contabilidade Financeira (FAS) e os custos do serviço pós-aposentadoria calculados de acordo com os GAAP e os custos alocados aos segmentos de negócios. A margem operacional principal é definida como lucro operacional principal expresso como uma porcentagem da receita. O lucro principal por ação é definido como o lucro diluído por ação GAAP, excluindo o impacto do lucro líquido por ação do ajuste de custo do serviço FAS/CAS e despesas não operacionais de pensão e pós-aposentadoria. As despesas não operacionais com pensões e pós-aposentadoria representam os componentes dos custos de benefícios periódicos líquidos, exceto o custo do serviço. Os custos de pensão, compreendendo o serviço e os custos de serviço anterior calculados de acordo com os GAAP, são alocados aos segmentos de Aviões Comerciais e negócios BGS que apoiam clientes comerciais. Os custos de pensão alocados aos negócios BDS e BGS que apoiam clientes do governo são calculados de acordo com as Normas de Contabilidade de Custos do Governo dos EUA (CAS), que empregam diferentes premissas atuariais e convenções contábeis dos GAAP. Os custos das CAS são alocáveis aos contratos governamentais. Outros custos de benefícios pós-aposentadoria são alocados a todos os segmentos de negócios com base nas CAS, que geralmente são baseadas nos benefícios pagos. A administração usa o lucro operacional principal, a margem operacional principal e o lucro principal por ação para fins de avaliação e previsão do desempenho comercial subjacente. A administração acredita que essas medidas do lucro principal fornecem aos investidores percepções adicionais sobre o desempenho operacional, pois excluem os custos de pensão sem serviço e pós-aposentadoria, que representam principalmente custos impulsionados por fatores de mercado e custos não alocáveis a contratos governamentais.
Fluxo de caixa livre
Fluxo de Caixa Livre é definido como Fluxo de Caixa Operacional GAAP, sem despesas de capital para adições de propriedades, plantas e equipamentos. A administração acredita que o Fluxo de Caixa Livre oferece aos investidores uma perspectiva importante sobre o caixa disponível para acionistas, pagamento de dívida, e aquisições depois de fazer os investimentos de capital necessários para apoiar as operações de negócios em andamento e criar valor a longo prazo. O Fluxo de Caixa Livre não representa o Fluxo de Caixa residual disponível para despesas discricionárias, pois ele exclui certas despesas obrigatórias, tais como pagamento de dívidas que vão vencer. A Administração utiliza a Fluxo de Caixa Livre como uma medida para avaliar tanto o desempenho dos negócios quanto a liquidez geral. A Tabela 2 apresenta uma reconciliação entre Fluxo de Caixa Livre e Fluxo de Caixa Operacional GAAP.
Cautela com relação às declarações prospectivas
Este comunicado de imprensa contém “declarações prospetivas” dentro do significado da lei de Reforma de Títulos Privados de 1995. Palavras como “pode”, “deveria”, “espera”, “pretende”, “projeta”, “planeja”, “acredita”, “estima”, “tem como intenção”, “prevê”, e expressões similares são usadas para identificar essas declarações prospectivas. Exemplos de declarações prospectivas incluem declarações relativas à nossa futura condição financeira e resultados operacionais, bem como quaisquer outras declarações que não se relacionam diretamente a qualquer fato histórico ou atual. As declarações prospectivas são baseadas em expectativas e suposições que acreditamos serem razoáveis quando feitas, mas que podem não ser precisas. Essas declarações não são garantias e estão sujeitas a riscos, incertezas e mudanças em circunstâncias que são difíceis de prever. Muitos fatores podem fazer com que os resultados reais sejam material e adversamente diferentes dessas declarações prospectivas.
Entre esses fatores estão os riscos relacionados a: (1) a pandemia da COVID-19 e ações governamentais relacionadas, inclusive com relação às nossas operações, nossa liquidez, a saúde de nossos clientes e fornecedores, e a demanda futura por nossos produtos e serviços; (2) o 737 MAX, incluindo o cronograma e as condições de aprovações regulatórias do 737 MAX, taxas de produção e / ou taxas de entrega inferiores às planejadas e maiores considerações para clientes e fornecedores, (3) condições gerais da economia e do nosso setor, incluindo aquelas devido a mudanças regulatórias; (4) nossa dependência de nossos clientes de companhias aéreas comerciais; (5) a saúde geral de nosso sistema de produção de aeronaves, alterações nas taxas de produção de aeronaves comerciais planejadas, nosso desenvolvimento comercial e programas de aeronaves derivadas e nossas aeronaves estarem sujeitas a padrões de desempenho e confiabilidade rigorosos; (6) alteração dos níveis de orçamento e apropriação e prioridades de aquisição do governo dos EUA; (7) nossa dependência de contratos do governo dos EUA; (8) nossa confiança em contratos de preço fixo; (9) nossa confiança em contratos de tipo de custo; (10) incertezas relativas a contratos que incluem pagamentos de incentivos em órbita; (11) nossa dependência de nossos terceirizados e fornecedores, bem como a disponibilidade de matérias-primas; (12) mudanças nas estimativas contábeis; (13) mudanças no cenário competitivo em nossos mercados; (14) nossas operações fora dos EUA, incluindo vendas para clientes fora dos EUA; (15) ameaças à segurança de nossas informações ou das informações de nossos clientes; (16) desenvolvimentos adversos possíveis em litígios novos ou pendentes e / ou investigações governamentais; (17) concentração de clientes e aeronaves em nossa carteira de financiamento de clientes; (18) mudanças em nossa capacidade de obter financiamento de dívida em termos comercialmente razoáveis e a taxas competitivas; (19) alcançar os benefícios previstos de fusões, aquisições, joint ventures / alianças estratégicas ou alienações; (20) a adequação de nossa cobertura de seguro para cobrir exposições de risco significativas; (21) possíveis interrupções nos negócios, incluindo aquelas relacionadas a ameaças à segurança física, tecnologia da informação ou ataques cibernéticos, epidemias, sanções ou desastres naturais; (22) interrupções no trabalho ou outras interrupções de mão de obra; (23) obrigações substanciais de pensão e de benefícios pós-aposentadoria; e (24) possíveis responsabilidades ambientais.
Informações adicionais sobre esses e outros fatores podem ser encontrados em nossos arquivos junto à SEC, incluindo nosso mais recente Relatório Anual no Formulário 10-K, relatórios trimestrais no Formulário 10-Q e os Relatórios Atuais no Formulário 8-K. Qualquer declaração admonitória tem valor apenas a partir da data em que é feita, e não assumimos nenhuma obrigação de atualizar ou revisar qualquer declaração admonitória, seja como resultado de novas informações, eventos futuros ou outros, exceto conforme exigido por lei.
Deixe um comentário