Adolescentes do Amazonas e da Bahia encontram Papa Francisco, dia 16, para falar sobre crise climática
Eventos climáticos extremos vêm afetando bilhões de pessoas ao redor do mundo. O Brasil vive um desastre sem precedentes com as enchentes que devastaram diversas cidades no Rio Grande do Sul. Sem ações urgentes para mitigar as emissões dos gases que provocam o efeito estufa, tanto chuvas quanto secas extremas devem ser cada vez mais frequentes. As crianças — que representam um terço da população mundial, totalizando cerca de 2,2 bilhões de pessoas — são as mais impactadas por esses desastres – e o pior, estão fora das instâncias de poder e decisão relativas ao tema.
Para reverter esse cenário de exclusão e levar as vozes dos principais interessados – crianças e adolescentes – para encontros com grandes líderes mundiais, uma delegação de sete jovens, incluindo duas brasileiras – a manauara Maria Helena Garrido (16 anos), da Comunidade Tumbira, e a baiana Catarina Lorenzo (17 anos), uma das facilitadoras do evento – vai entregar ao Papa Francisco, no próximo dia 16, uma caixa com desenhos e mensagens de crianças que responderam à pergunta: “Como os líderes mundiais podem ajudar a proteger as crianças e a natureza?”. Os jovens levarão também o pedido para que seja elaborada uma nova Encíclica (Documento Pontifício) focada na proteção das crianças, o que está sendo articulado em parceria com Instituto Liberta, Lux Mundi e outras organizações religiosas.
O encontro com o Papa tem o apoio do Alana – que além das brasileiras levará em sua delegação o ativista ambiental colombiano Francisco Vera (14 anos) – e também da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), da UCLA Lab School e da University of Massachusetts Boston (UMass Boston), sendo as três últimas representadas por mais duas crianças e dois adolescentes dos Estados Unidos, Guatemala e México. Esse grupo, participa de um painel dedicado à participação de crianças e jovens com o líder religioso durante o evento “From Climate Crisis to Climate Resilience” (“Da Crise Climática à Resiliência Climática”, em português).
“Queremos colocar crianças e adolescentes diante de grandes líderes mundiais para promover seu protagonismo, e levar suas vozes para que possam exercer seu direito à participação qualificada, além de defender seus direitos e interesses na formulação das políticas de ação climática. As crianças e os adolescentes precisam ter prioridade absoluta no enfrentamento aos efeitos da crise climática e devem participar de decisões que impactam seu presente e seu futuro”, afirma Laís Fleury, líder de parcerias da Alana Foundation.
Durante o encontro, será exibida a nova edição do filme “The Important Stuff”. Uma parceria do Alana com UNICEF e Child Fund International. O vídeo original foi lançado na COP 28 e reúne falas de crianças e adolescentes de 12 países. Elas contam como vêm sendo impactadas pelas mudanças climáticas e exigem ações por parte das lideranças mundiais.
Sobre o Alana
O Alana é um grupo de impacto socioambiental que promove e inspira um mundo melhor para as crianças. Um mundo sustentável, justo, inclusivo, igualitário e plural. Um mundo que celebra e protege a democracia, a justiça social, os direitos humanos e das crianças com prioridade absoluta. Um mundo que cuida dos seus povos, de suas florestas, dos seus mares, do seu ar. O Alana é um ecossistema de organizações interligadas, interdependentes, de atuação convergente, orientadas pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. O encontro de um Instituto, uma Fundação e um Núcleo de Negócios de Entretenimento de Impacto. Um combinado único de educação, ciência, entretenimento e advocacy que mistura sonho e realidade, pesquisa e cultura pop, justiça e desenvolvimento, articulação e diálogo, incidência política e histórias bem contadas.
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