Ex-deputado Geraldo Moreira, acusado de mandar matar médico, amante da esposa em 2008, vai a júri popular
O ex-deputado estadual Geraldo Moreira da Silva vai sentar no banco dos réus após 14 anos e seis meses do assassinato do médico Carlos Alberto Peres Miranda, em uma rua na Tijuca, na Zona Norte do Rio.
De acordo com o Ministério Público do Rio (MPRJ), Geraldo seria apontado como mandante do crime. O início do julgamento é nesta terça-feira (12), às 13h, no 3º Tribunal do Júri da capital.
Carlos Alberto era namorado da ex-mulher de Geraldo, Leila Mayworm Costa, na época do crime. O médico foi assassinado a tiros na manhã do dia 14 de março de 2008, na Rua Andrade Neves, em plena luz do dia.
Segundo a denúncia do MPRJ, o ex-deputado acreditava que a vítima exercia forte influência sobre Leila para que ela não aceitasse a partilha de bens do ex-casal, principalmente relacionado a um apartamento onde o parlamentar morava, em Ipanema, na Zona Sul. Na sentença, o juiz verificou que os depoimentos das testemunhas do processo eram contraditórios.
Todos os outros réus que não tinham foro privilegiado já foram julgados e condenados no processo.
Por ter foro privilegiado na época, Geraldo começou a ser julgado em um processo separado pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ). No entanto, com o término do mandato e a não reeleição de Geraldo em 2014, o processo voltou para o 3° Tribunal do Júri da Capital.
Quem é Geraldo Moreira?
Em 1998, Geraldo Moreira é eleito Deputado Estadual pelo PDT com mais de 28.000 votos. Em 1999, toma posse na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro. Logo, é eleito por seus pares para a Mesa Diretora da ALERJ, como 2º Vice-Presidente. Seu mandato passa a refletir a preocupação com o ser humano. Seus projetos são: Em 2000 é candidato a prefeito do Município de Duque de Caxias e o seu lema de campanha é “O SER HUMANO EM PRIMEIRO LUGAR”. Em 2001 por discordar das orientações partidárias, sai do PDT e filia-se ao PSB. Reeleito, como 2º Vice-Presidente, para a Mesa Diretora da ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Em 2002 é reeleito Deputado Estadual pelo PSB com mais de 40.000 votos. Devido ao seu lema de vida e das suas ações na causa da defesa da cidadania, foi eleito Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da ALERJ. Em 2007 tomou posse pelo terceiro mandato consecutivo como deputado estadual pelo PMN.
Foi eleito suplente de deputado estadual em 2014 pelo PTN, para a 11ª Legislatura – 2015–2019, assumindo novamente o mandato no decorrer da legislatura.
Em 17 de novembro de 2017, se ausentou da votação pela revogação da prisão dos deputados Jorge Peciani, Jorge PicciPaulo Melo e Edson Albertassi, denunciados na Operação Cadeia Velha, acusados de integrar esquema criminoso que contava com a participação de agentes públicos dos poderes Executivo e do Legislativo, inclusive do Tribunal de Contas, e de grandes empresários da construção civil e do setor de transporte
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