Cubículos de 15 metros quadrados são construídos pela prefeitura de Campinas e Lula critica
Após um acordo entre invasores de um terreno particular, que formavam a Favela Nelson Mandela, prefeito de Campinas decidiu construir casas de 15 metros quadrados para acomodar a comunidade. Vale ressaltar que os imóveis serão vendidos pelo prefeito Dário Saadi para os futuros proprietários.
A previsão é de que 450 pessoas sejam abrigadas nas 116 unidades, o que dá uma média de quatro pessoas por casa. Depois da assinatura do contrato, as famílias terão até seis meses para começarem a pagar o financiamento.
Ao tomar conhecimento do projeto, que depois de seis anos ainda não está pronto, o presidente Lula mostrou sua indignação. Durante evento realizado no Pará no último final de semana, o presidente falou sobre o tamanho das moradias e comparou com programas habitacionais do Governo Federal que, segundo ele, terão residências de 41 m². Ele voltoy a tocar no assunto, durante uma live na segunda-feira e disse que a iniciativa de Campinas contribui para à degradação do ser humano. “É importante a gente lembrar que precisamos discutir as palafitas, é preciso discutir o processo de degradação que mora o ser humano. Aquela história do prefeito [de Campinas] de fazer uma casa de 15 metros quadrados. Se essa moda pega, daqui a pouco estaremos construindo poleiros para que o povo possa morar. É o absurdo do absurdo do absurdo”, criticou Lula.
Dario Saadi rebateu a fala do presidente na última segunda-feira, 19, dizendo quque a medida não se trata de um programa habitacional, mas de um acordo, a partir de uma decisão judicial, para a construção de “embriões residenciais” em terrenos doados pela administração municipal para que as famílias deixem o local ocupado em quatro meses. Em uma nota divulgada no final de semana, afirmou também que os imóveis são “maiores que os antigos barracos de madeira”.
No posicionamento, Saadi lamentou e repudiou as falas e diz que a nova casa foi projetada para que cada família possa ampliar sua moradia, de acordo com suas possibilidades. “Não há nenhum caso de ‘grupos familiares de até sete pessoas’ [como declarou o chefe do Governo Federal no evento do final de semana] no registro do acordo feito entre a Prefeitura e os moradores. Isso é falso”.
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