Quase 7 em cada 10 trabalhadores recebem até 2 salários no Brasil

Quase 7 em cada 10 trabalhadores recebem até 2 salários no Brasil

Pela primeira vez desde 2016, o Brasil tem menos de dez milhões de desempregados, e a taxa recuou para um dígito (9,1% em julho). Mas apesar dos sinais de recuperação, ainda persistem sinais de precariedade, como o alto volume de informais e as condições precárias.

Dos 98,8 milhões de ocupados, 13 milhões trabalham sem carteira assinada e outros 25,8 milhões exercem função por conta própria. Os três números são os maiores já registrados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do IBGE, iniciada em 2012.

Segundo especialistas, o trabalho ficou mais barato. E a remuneração é prova disso. Do total de ocupados, quase 70% recebem até dois salários mínimos, o equivalente a 66,7 milhões de trabalhadores. A parcela dos que ganham até 1 salário mínimo (ou R$ 1.212) chega a 37%, ou 35,5 milhões.

Thamires Azambuja, de 31 anos, está entre os que não conseguem encontrar emprego fixo. Ela vive de trabalhos temporários e, no momento, recebe R$ 65 por dia para distribuir panfletos de candidatos. As despesas de alimentação e transporte são por sua própria conta.

“Estou distribuindo currículo para tentar as vagas temporárias que abrem no fim do ano”, afirmou.

Ela está no grupo de trabalhadores por conta própria, informal, sem proteção social e com renda de até dois salários mínimos. Assim como Thamires, existem 19,2 milhões de brasileiros nesta situação.

 

 

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