Viola, vencedora do Oscar, do Emmy e do Tony, está no Brasil para divulgar seu novo filme “A Mulher Rei”.
Em solo brasileiro pela primeira vez, a premiada atriz americana Viola Davis, chegou no domingo, 18 e tem extensa programação. A vencedora do Oscar de Atriz Coadjuvante em 2017, com “Fences”. Ela está no país para divulgar seu novo filme “A Mulher do Rei”, que estreia nos cinemas mundiais dia 22 de setembro.
Distribuído pela Sony Pictures, “A Mulher do Rei” conta a história real das Amazonas de Daomé, um grupo de guerreiras formado por mulheres, que busca proteger o reino africano. A obra dirigida por Gina Prince-Bythewood ainda tem no elenco os atores Hero Fiennes Tiffin, Lashana Lynch, John Boyega e Sheila Atim.
Ela é a atriz negra mais indicada ao prêmio de cinema, que ainda apresenta baixo número de atrizes negras indicadas e vencedoras, uma nítida expressão do racismo.
“Se eu, voltando ao Oscar quatro vezes em 2021, me tornar a atriz negra mais indicada da história, isso é uma prova da absoluta falta de material disponível para artistas negros”, disse Viola à Variety, na ocasião.
Samba
A atriz Viola Davis caiu logo no samba e esteve na “Cidade do Samba”, na Zona Portuária do Rio, e conheceu os barracões das escolas. A Estação Primeira de Mangueira preparou uma recepção especial com músicos, mestre-sala e porta-bandeira e passistas.
A atriz conheceu também o Cais do Longo, local declarado pela Unesco como Patrimônio Histórico da Humanidade em 2017.a Zona Portuária da cidade. Encontrado durante as escavações feitas durante as obras de revitalização da região, o local era um ponto de desembarque de escravos. Toda a estrutura do cais havia sido soterrada na reforma urbanística do Rio promovida pelo prefeito Pereira Passos.
Jantar na casa de Tais Araújo e Lázaro Ramos
À noite se encontrou com personalidades negras brasileiras em um jantar pétit comitê na casa do casal Tais Araujo e Lázaro Ramos. Estavam lá os atores Zezé Mota, Léa Garcia, Dandara Mariana a cantora Iza e a socióloga Djamila Ribeiro, o cantor Seu Jorge, entre outros. Ela definiu o encontro como uma “noite linda e mais que especial”.
Entrevista ao programa Fantástico, da Rede Globo
Em entrevista a jornalista e a apresnetadora Maju Coutinho, Viola falou do filme, do seu papel no cinema, da vida e das impressões sobre o Brasil. Em um trecho da entrevista ela fala sobre a conexão entre o tema do filme e a história da escravidão no Brasil.
Maju: Como você sente essa travessia Estados Unidos–África do Sul para gravar o filme e agora esse retorno para o Rio de Janeiro, que abrigou o maior porto que recebeu escravizados nas Américas?
Viola: O Brasil e os portugueses são uma parte importante do filme. Doze milhões de escravos vieram da África Ocidental para o Brasil, o Caribe e o Sul dos Estados Unidos. O que eu sinto é essa conexão entre todos nós, entre as pessoas pretas. Nós estamos a apenas um porto de separação. Existe essa impressão de que somos distantes, mas, na realidade, não somos.
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