O suicidio de quatro multimilionários russos do ramo de gás intriga o mundo
Mais um empresário russo multimilionário foi encontrado morto em sua casa, nos arredores de São Petersburgo, na Rússia. O caso aconteceu na última segunda-feira, 4 de julho. Yuri Voronov, de 61 anos, era ligado à Gazprom, uma empresa estatal que atua na área de energia.
O corpo de Voronov foi localizado boiando na piscina, com um tiro na cabeça. Uma pistola foi encontrada no local assim como cápsulas de munição deflagradas, segundo a imprensa russa. A residência de alto padrão fica localizada no distrito de Vyborgsky, na região de Leningrado.
Voronov é o sexto oligarca russo ligado à Gazprom a morrer em circunstâncias suspeitas desde o início deste ano, segundo a revista Newsweek. Ele foi o fundador e diretor geral da empresa de transporte e logística Astra-Shipping, que tinha contratos milionários com a Gazprom.
O caso é investigado pela polícia russa. De acordo com informações preliminares divulgadas pela imprensa local, a arma foi disparada à queima-roupa e Voronov morreu até 14 horas antes de seu corpo ser descoberto.
Em entrevista aos jornalistas russos, a mulher de Voronov afirmou que ele deixou São Petersburgo em 1º de julho após um desentendimento com parceiros de negócios por causa de dinheiro. Na ocasião, ele foi para a casa onde foi encontrado morto.
Outras mortes intrigam o mundo
Pelo menos outros oito empresários multimilionário s foram encontrado mortos desde janeiro deste ano, sendo seis deles com algum tipo de ligação com a empresa de gás Gazprom. Todos esses casos aconteceram em meio a especulações a respeito de os assassinatos estarem sendo encenados para parecer suicídios.
Em comum, quase todos os multimilionários mortos construíram suas fortunas nos setores de gás e petróleo da indústria russa, onde ocuparam posições no alto-escalão.
Há fortes suspeitas de que as mortes tenham sido forjadas as mortes tenham ligações com o Kremlin surgiram. Nenhum dos oligarcas era conhecido por ter críticas à invasão da Rússia na Ucrânia, nem estavam entre os nomes alvos de sanções internacionais.
Entre os oligarcas mortos estão: Serguei Protosenya, ex-vice-presidente da empresa de gás natural Novatek; Vladislav Avayev, ex-vice-presidente do banco Gazprombank; Leonid Schulman, ex-diretor da Gazprom; Alexander Tyulyakov, ligado à Gazprom; Andrei Krukovsky, ex-diretor-geral do resort de ski de Krasnaya Polyana, gerido pela Gazprom.
Entre as vítimas, três deles teriam supostamente matado membros de suas famílias antes de tirar a própria vida.
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