Filha de Ex-Deputado Federal Nilton Balbino, Nathalie Balbino, é presa na Operação Carga Prensada

Filha de Ex-Deputado Federal Nilton Balbino, Nathalie Balbino, é presa na Operação Carga Prensada

A filha do Ex-Deputado Federal, Nilton Balbino, Nathalie Karllailly Balbino, de 35 anos, teve a prisão temporária convertida em preventiva na última sexta-feira, 15. Ela é apontada como colaboradora de uma quadrilha que atua no tráfico de drogas. Sua função, de acordo com a decisão judicial, seria a de ajudar na lavagem de dinheiro e ocultação de capitais. Além dela foram presos mais 

Natielly foi detida em 15 de setembro, em Cacoal,  a cerca de 480 km da capital Porto Velho, estado de Rondônia. Duas semanas depois, ela teve um pedido de prisão domiciliar negado pela Justiça. A prisão da suspeita ocorreu durante a deflagração da operação Carga Prensada. A ação da Polícia Federal visava levantar provas contra uma uma organização criminosa que enviava grandes quantidades de cocaína de Rondônia a outros estados brasileiros. O grupo ainda adquiria cargas de maconha do Mato Grosso do Sul para distribuir na região Norte. 

A operação Carga Prensada apreendeu, durante sua fase sigilosa, mais de 2,5 toneladas de drogas, sequestrou cerca de 150 veículos, vários deles de luxo pertencentes a integrantes da organização, além de uma lancha e uma aeronave. Mais de 270 policiais cumpriram 45 mandados de prisão e 63 mandados de busca e apreensão em oito estados brasileiros.

Os investigados poderão responder pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, lavagem de capitais, organização criminosa e falsidade ideológica. As penas somadas podem ultrapassar 40 anos de prisão.

Operação Carga Prensada

A Polícia Federal (PF) em Vilhena, cidade de Rondônia, deflagrou na manhã da última quarta-feira, 15, a operação Carga Prensada, com objetivo de desarticular uma organização criminosa direcionada ao tráfico de drogas em grande escala. No total, a ação contou com 270 policiais que cumpriram 45 mandados de prisão e 63 de busca e apreensão, nos Estados de Rondônia, Acre, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina.

De acordo com a PF, os membros da organização eram responsáveis pelo envio de grandes quantidades de cocaína de Rondônia para os outros Estados. Em conjunto com esse ato, o grupo realizava também a aquisição de cargas de maconha que vinham do Mato Grosso do Sul para serem distribuídas entre Rondônia e Acre. Ainda segundo a Polícia Federal, a investigação teve início no final de 2019, com mais de 2,5 toneladas de drogas apreendidas.

A Polícia Federal informou ainda que, além das prisões, foram feitos os sequestros de 150 veículos, na maioria carros de luxo, suspensão de atividades de empresas relacionadas à lavagem de capitais, e o bloqueio de contas utilizadas pelos investigadores e as empresas.

Segundo a PF, os investigados poderão responder pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, lavagem de capitais, organização criminosa, falsidade ideológica, que somadas podem ultrapassar 40 anos de prisão. Os mandados cumpridos foram expedidos pelo Juízo Estadual da 2ª Vara Criminal da Comarca de Vilhena, em Rondônia, com a ajuda da Polícia Militar e do Ministério Público de Rondônia.

A Polícia Federal explicou também que a organização é bem estruturada e que tinha ligação a uma facção criminosa. Ela tinha diversas funções, ou seja, dentro do grupo cada um tinha seu núcleo, além do número dos fornecedores de drogas que a PF teve acesso. Entre as prisões realizadas, foram 23 preventivas e 22 de prisão temporária sem prazo definido.

O pai político e já condenado

O ex-deputado federal Nilton Balbino é mais conhecido como Nilton Capixaba e foi condenado em 2018 a mais de seis anos de prisão por corrupção passiva durante a Operação Sanguessuga. A ação penal contra o deputado foi aberta em 2011. De acordo com a denúncia, o deputado teve participação no esquema de fraudes a licitações para compra de ambulâncias revelado pela Polícia Federal em maio de 2006, destinando emendas que beneficiaram a empresa Planam.

Em troca, segundo o Ministério Público, o parlamentar recebia uma porcentagem dos repasses em propina. À época, a PF estimou a movimentação do esquema em cerca de R$ 110 milhões.

#conexaoin

#conectadocomanoticia 

 

Share this post

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *