Dose de reforço da vacina? EUA já estuda planejamento e tem 100 milhões em estoque

Dose de reforço da vacina? EUA já estuda planejamento e tem 100 milhões em estoque

O medo de novas ondas da Covid-19, provocado pela velocidade das variantes fez com que o governo americano planeje oferecer doses de reforço de vacinas contra a Covid-19 para parte da população do país já a partir do final de setembro ou começo de outubro.

Embora os pesquisadores continuem a debater acaloradamente se as doses extras são necessárias, de acordo com autoridades ouvidas pelo jornal New York Times, Joe Biden conta com um estoque de pelo menos 100 milhões de doses para iniciar o reforço. Quase metade da população americana já está imunizada. 

Os primeiros reforços provavelmente irão para residentes de asilos e profissionais de saúde, seguidos por idosos que tenham sido os primeiros na campanha de vacinação local, no final do ano passado. As autoridades imaginam dar às pessoas a mesma vacina que receberam originalmente. Ainda não foi estabelecido um cronograma definitivo.

Muitos especialistas argumentem que ainda não há provas de que a proteção das vacinas contra formas graves da doença e internações esteja diminuindo nos Estados Unidos, as autoridades consideram que não é possível adiar a logística de fornecer reforços a milhões de pessoas até o momento em que essa curva aconteça. Como os sistemas de notificação dos casos e mortes é irregular, fica ainda mais difícil prever o momento certo.

O governo americano observa cuidadosamente Israel, onde dados sugerem um aumento de casos graves entre idosos que receberam a vacina Pfizer-BioNTech no início da campanha daquele país. O medo é que, mesmo que uma redução na proteção resulte apenas em infecções leves ou assintomáticas, as pessoas infectadas ainda possam espalhar o vírus, prolongando a pandemia.

O temor do governo americano é que ao anunciar logo o reforço, a confiança do público de que as vacinas são poderosamente eficazes caia e muitos deixem de tomar. 

Muitos outros países ainda não começaram as campanhas de vacinação para valer, outros vacinam a passos de tartaruga (54,12% com a primeira dose e 23,43%), como o Brasil e a ameaça de novas variantes perigosas que poderiam se espalhar pelo mundo é uma realidade. Já são mais de 4 mil variantes do vírus no mundo, conforme o vírus foi se espalhando, incluindo as já conhecidas variantes britânicas, sul-africanas e brasileiras, que segundo estudos preliminares são mais transmissíveis.

 

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