Uma mulher para além do seu tempo! Loren Hutten esbanja beleza e engajamento aos 74 anos
“É muito estúpida a ideia de que as pessoas têm de ser todas iguais. Se existem esses tipos de modelo, é porque eles se sentem confiantes e seguros. O mundo da moda não está mais tão ridículo quantos costumava ser”, Lauren Hutton, supermodel e atriz. Aos 74 anos, ela continua a frente do seu tempo, trabalhando, pois acredita que todos cérebros devem continuar ativos, sejam de homens ou mulheres, e todas as pessoas que estão entre o masculino e feminino.
A atriz e modelo é a capa da revista Elle brasileira e falou sobre a vida, carreira e seus segredos para se manter sempre jovem e atual. Loren Hutten não se enquadra na palavra “modelo” ou “íncone”. Segundo Loren não fazem sentido. “Sempre tentei não ser nada disso. Nunca fiz propaganda de bebida ou cigarro, embora seja fumante. Fumo, mas não incentivo ninguém. Nunca promovi nada que fosse ruim”, afirma orgulhosa.
Se diz viciada em redes sociais, por isso não tem instagram ou facebook. “Não tenho redes, senão perderia horas da minha vida. Às vezes passo horas teclando mensagens com amigos. Você acha que é só por 15 minutos e, quando vê, já são 2 da manhã. E no fundo, a única coisa que temos de valioso é o tempo”.
Ela ficou conhecidíssima internacionalmente no papel de Michelle Stratton, mulher rica, sofisticada e entediada, que se envolve com Julian Kaye, interpretado pelo galã Richard Gere. Nessa época fechou contrato com a cosmético da Revlon. Com o tempo, foi dispensada das campanhas ao fazer 40 anos. Era a década de 80 e, segundo Loren, os vice-presidentes da empresa não gostavam da ideia de que ela ganhasse mais que eles, e segundo pesquisas encomendadas pela empresa mulheres de 40 anos não se maquiavam mais.
Aos 73 anos, quando estrelou uma campanha de langerie para a marca Calvin Klein mostrou o que sempre foi: aversa a convenções. A grife sempre foi a preferida da atriz e de sua mãe, que aos 94 anos e veste Calvin. Loren sempre trabalhou com o estilista dos 20, 30, 40, 50, e 60 anos.
Uma viajante do mundo, Loren costuma passar temporadas em países exóticos, vivenciando experiências com pessoas de várias etnias. Isso segundo ela, ampliou seu horizonte, especialmente na relação homemXmulher. “O mundo vive ainda em um sistema de caçadores e presas. Homens pensam a curto prazo, como caçadores. A natureza não criou dois sexos por capricho, mas para que um se oponha ao outro. Senão teria simplificado com um sexo apenas. Claro que nãos seria tão divertido, mas a natureza tem sempre a a solução mais simples e eficiente. Evolução é isso. Sempre precisaremos de cabeças pensando a curto prazo. Minhas conclusões vieram nos últimos 25 anos, pois passo 6 meses viajando, vivendo na Africa, no mato, com as mais diversas tribos. Lá, percebi isso: os homens são mais corajosos. Quando viam pegadas de uma presa iam caçá-la. As mulheres, iam atrás da água, pois faltava 9 meses no ano. Ou seja: as mulheres pensam a longo prazo e são assim porque têm filhos”.
Feminismo hoje
A atriz acha que as feministas de hoje usam megahair e cílios postiços imensos, mas estão se unindo e reagindo a homens, a exemplo do Harvey Weinstein (produtor da Miramax e proprietário da The Weinstein Company, denunciado por assédio sexual, incluindo estupro, nas últimas três décadas, contra mulheres jovens que almejavam uma carreira na indústria cinematográfica).
Falando em assédio, Hutten diz que conseguiu se livrar de algumas situações constrangedoras, com tiradas engraçadas e humor. Segundo ela, uma forma de dar limite sem provocar a ira dos poderosos. Vamos encarar os fatos, não temos chance contra a físico masculino. Sempre tomei conta de mim mesma, fui preparada para isso. Desde as noites nos clubes de jazz, na faculdade, em New Orleans. Fui adquirindo a sabedoria do pântano, entre crocodilos e cascavéis, porque cresci na Flórida: você vê o movimento deles, bem antes de o bote acontecer.
Começo de carreira
Loren Hutten começou sua carreira sem muita expectativa. Não sabia se queria ser atriz ou modelo. “Fui recusada por ser baixinha, esquisita e meio estrábica. Mas, nas ruas começaram a aparecer meninas sem sutiã, usando jeans, cabelos curto. Na época, as modelos tinham um estilo europeu. As agências logo perceberam que eu fazia o estilo dessa nova mulher, mas descolada. Para mim foi uma oportunidade de conhecer o mundo. Sempre fui uma caipira da Flórida.
Cuidados com a beleza?
Não tenho rotina. Uso óleo de coco no cabelo e rosto. Gosto de experimentar cremes caros ou baratos. Desde os 20 anos uso compressa da Quenn Helene nos olhos. Nunca uso protetor solar. No começo até queria ser como as modelos da época, alta, bonita….
Boa forma aos 73 anos
Loren diz que cresceu trepando em árvores, mesmo quebrando as regras sociais. Para fazer parte da gangue dos meninos tive que aprender a subir em árvores e correr mais rápido que todo mundo. Sempre me exercitei, sou leve e estava sempre pulando e me movimentando. O músculo tem memória, afirma.
Dentes separados
Defeito ou qualidade? A atriz e modelo lembra que chegou a usar uma cera para cobrir a abertura nos dentes da frente. Como ganhei muito dinheiro no primeiro ano de carreira pude me dar ao luxo de assumir meu diastema. Outro acontecimento que fez Hutten assumir o “defeito” foram os gritos dos homens, quando ela passava nas obras. “Eles reclamavam do preenchimento, eu tirava a massa e mostrava que o espacinho ainda estava ali e eles enlouqueciam”, diz.
São 33 filmes e 23 participações em novelas e seriados.
Filmes:
1968 |
Kate |
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1970 |
Pamela Gibson |
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1970 |
Rita Nebraska |
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1971 |
Jenny |
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1974 |
Billie |
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1976 |
Aggie Maybank |
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1976 |
Nona Bruce |
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1977 |
Kate Morgan |
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1978 |
Florence Farmer |
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1980 |
Michelle |
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1981 |
Charlotte Taylor Wilson |
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1981 |
Jenny Lofton |
||
1982 |
Jane |
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1982 |
Clothilde de Watteville |
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1984 |
Kari Von Fursten |
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1985 |
Countess |
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1986 |
Flagrant désir |
Marlene Bell-Ferguson |
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1987 |
Georgia Crawford |
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1987 |
Jamie |
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1988 |
Sarah Forsythe |
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1989 |
Forbidden Sun |
Mrs. Lake |
|
1990 |
Jessica Moreau |
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1991 |
Jennifer |
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1991 |
Millions |
Cristina Ferretti |
|
1991 |
Guilty as Charged |
Liz |
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1994 |
Megan |
||
1997 |
A Rat’s Tale |
Evelyn Jellybelly |
|
1998 |
Liz Vangelder |
||
1998 |
Elaine |
||
1999 |
Annie Delacroix |
||
2009 |
KC |
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2013 |
Walking Stories |
Aunt Ruthie |
Short film |
2018 |
Lily LeClaire |
Television
Year |
Title |
Role |
Notes |
1973 |
A Time for Love |
Darleen |
TV film |
1977 |
Leslie Jenner Hawkewood |
TV miniseries |
|
1978 |
Leigh Michaels |
TV film |
|
1979 |
Lilla Simms |
TV film |
|
1983 |
Erica Hansen |
TV film |
|
1983 |
The Cradle Will Fall |
Kathy DeMaio |
TV film |
1984 |
Colette Ferrier |
Recurring role |
|
1985 |
Meg North |
TV film |
|
1985 |
The Lady of Summer |
“The Snow Queen” |
|
1985 |
From Here to Maternity |
Caroline |
TV short |
1986 |
Evelyn MacIntyre |
TV miniseries |
|
1986 |
ZZ Bryant |
TV miniseries |
|
1986 |
The Return of Mickey Spillane’s Mike Hammer |
Joanna Lake |
TV film |
1987 |
Georgia Crawford |
TV film |
|
1987 |
Liz McDowell |
4 episodes |
|
1987 |
Tess |
“Riding the Nightmare” |
|
1988 |
Perfect People |
Barbara Laxton |
TV film |
1990 |
Blue Blood |
Gerda Minsker |
TV miniseries |
1995-1996 |
Linda Fairchild Rush |
TV series |
|
1996 |
We the Jury |
Wynne Atwood |
TV film |
1999 |
The Last Witness |
Cynthia Kirkman Sutherland |
TV film |
2007 |
Manchild |
Joyce |
TV film |
2007 |
Fiona McNeil |
“Carly Summers”, “Joyce and Sharon Monroe” |
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