Cinco empresas brasileiras estão na lista das 50 mais valiosas da América Latina

Cinco empresas brasileiras estão na lista das 50 mais valiosas da América Latina

Saiu o ranking das 50 marcas mais valiosas da América Latina. Quatro das maiores marcas mais valiosas são cervejarias. Duas outras são instituições financeiras. Há também grandes lojas de varejo, uma rede de televisão, uma empresa de telecomunicações. As 10 marcas mais valiosas da América Latina pertencem a setores muito diversos – e cinco delas são do Brasil, segundo o relatório Brandz, da empresa britânica de marketing e comunicação WPP. 

Apesar da presença majoritária de empresas brasileiras no top 10, em termos de valorização, o índice é dominado pelo México, que pela quinta vez consecutiva é o país que tem empresas respondendo pelo maior valor: 35% do ranking total.

As marcas brasileiras, entretanto, não estão longe: respondem por 34%, enquanto em um distante terceiro lugar está o Chile (16%), seguido pela Colômbia (7%). O índice deste ano reflete um aumento de 18% na valorização das marcas da região. Seu valor global é de US$ 130,8 bilhões. Esse resultado contrasta com o do ano anterior, quando houve queda de 22% em relação a 2016.

Segundo o relatório, o aumento no ano passado foi impulsionado pelo “desempenho excepcional” das marcas mais fortes da região.

Confira a lista:

10. Bodega Aurrerá/ México

Esta rede de supermercados mexicana concentra sua oferta em produtos acessíveis para consumidores de baixa renda. Pertence ao Walmart do México, uma subsidiária local da multinacional de origem norte-americana. De acordo com o relatório Brandz, parte de seu sucesso reside na sua capacidade de criar formatos de lojas mais flexíveis, que operam em cidades menores ou em locais onde as lojas de departamentos não têm a capacidade de competir. Tem um valor de US$ 3,757 bilhões.

9. Cerveja Àguila/Colômbia

Com mais de um século de existência, Águila é uma das quatro marcas de cerveja incluídas na lista das dez mais valiosas da América Latina e a única de origem colombiana. Ela é conhecida por ter sido patrocinadora de muitas atividades populares e da seleção colombiana de futebol.

A marca teve o seu início em uma fábrica criada em Barranquilha em 1913 que mais tarde se tornou parte do grupo da cerveja Bavaria. Desde 2016, pertence à multinacional AB InBev, a maior cervejaria do mundo. O relatório Brandz a atribui um valor de US$ 3,924 bilhões.

8. Rede Globo/ Brasil 

Avaliado em US$ 4,3 bilhões, esse gigante da comunicação no Brasil é o único canal de televisão incluído entre as dez maiores marcas do ranking. Além disso, é uma das 8 que entraram pela primeira vez neste ano na lista das 50 marcas mais valiosas da América Latina.

7. Cerveja Brahma/ Brasil

Embora tenha aumentado seu valor em 2% entre o relatório de 2017 e o de 2018, a cervejaria brasileira caiu do 2º para o 7º lugar, o que se deve basicamente ao fato de haver outras marcas que tiveram melhor desempenho.

Fundada em 1888 no Brasil, ela acabou se integrando mais de um século depois à AB InBev. Atualmente é a segunda cerveja com maior participação de mercado no Brasil. Seu valor é estimado em US$ 4,478 bilhões.

6. Falabella/ Chile

Se no relatório de 2017 a Falabella foi considerada a marca mais valiosa do Chile, no ano de 2018 ela registra um aumento de 26% em seu valor, que chegou a US$ 5,4 bilhões.

Essa rede de lojas de departamento foi criada em 1958 e possui dezenas de unidades espalhadas pelo país. A partir dos anos 90, se estabeleceu também no Peru, na Argentina e na Colômbia. Em 2017, foi incluída pela revista Forbes entre as 100 empresas mais inovadoras do mundo.

5. Tecell/ México

Com mais de 72 milhões de assinantes, esta é uma das três empresas mexicanas incluídas na lista das 10 marcas mais valiosas e a única pertencente ao setor de telecomunicações.

4. Itaú/ Brasil 

Atualmente, ela tem 65% de participação de mercado no México. Foi uma das empresas que teve o maior aumento em seu valor entre 2017 e 2018: 32% – que elevou seu valor a US$ 6,048 bilhões.

É o maior banco privado do Brasil e tem presença em de 21 países e mais de 5 mil agências na América Latina. Fundado há quase um século, atende cerca de 60 milhões de clientes. Parte de seu grande porte se deve à sua fusão em 2008 com o Unibanco. O relatório Brandz 2018 indica que seu valor como marca aumentou em 42% durante o ano passado, chegando a US$ 6,198 bilhões.

3. Bradesco/ Brasil

De todas as marcas incluídas entre as dez mais valiosas da América Latina em 2018, o Bradesco foi a que mais aumentou seu valor em termos percentuais no último ano: 58%. Criado em 1943 como um banco que prestava serviços para pequenas empresas, cresceu em ritmo acelerado e em menos de uma década se tornou uma das maiores instituições financeiras privadas do Brasil. Segundo o relatório Brandz, seu valor atualmente é de US$ 7,018 bilhões.

2. Skol/ Brasil

Em 2016 e 2017, a cerveja Skol, que pertence à AB InBev, foi a marca mais valiosa da América Latina. No relatório da Brandz de 2018 caiu para a segunda posição depois de registrar um crescimento em seu valor de apenas 1%, o que a deixa com valor de US$ 8,263 bilhões. Desde 1988, é uma das cervejas mais populares no Brasil.

1. Corona/ México

Comercializada em cerca de 120 países em todo o mundo, esta cerveja mexicana, criada em 1925 pelo Grupo Modelo, é a marca mais valiosa da América Latina. Não só é a mais vendida no México, mas também a cerveja importada mais consumida em 50 dos países em que é comercializada. Seu valor, de acordo com o relatório de Brandz, aumentou 8% no ano passado, chegando a US$ 8,292 bilhões.

 

QUANTO VALE CADA MARCA

Marca

Valor (2018)

País de origem

Corona

US$ 8,292 bilhões

México

Skol

US$ 8,263 bilhões

Brasil

Bradesco

US$ 7,018 bilhões

Brasil

Itaú

US$ 6,198 bilhões

Brasil

Telcel

US$ 6,048 bilhões

México

Falabella

US$ 5,400 bilhões

Chile

Brahma

US$ 4,478 bilhões

Brasil

TV Globo

US$ 4,300 bilhões

Brasil

Águila

US$ 3,924 bilhões

Colômbia

Bodega Aurrerá

US$ 3,757 bilhões

México

Fonte: Relatório Brandz com as 50 marcas mais valiosas da América Latina em 2018

 

 
 
 
 
 
 
 

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